Diário AS: ‘Soluções expressas e cidade-bolha para os jogos’
Colunista diretor do diário esportivo madrilenho fala sobre as opções que a federação espanhola estuda para a retomada do futebol no país
A Liga de Basquete da Espanha (ACB), por causa do coronavírus, resolveu alterar o desfecho de seu campeonato. Aposta numa fórmula expressa: reunir os 12 primeiros colocados numa só sede, divididos em dois grupos. Os dois primeiros avançam para as semifinais e daí para a final. As Ilhas Canárias foram oferecidas como palco e Andorra também está na briga.. Uma ou outra, Trata-se de escolher um espaço que seja uma bolha com pouco impacto da pandemia e bons hotéis. E não haverá rebaixamento.
Essa fórmula de competição expressa sem rebaixamento já foi apontada para a Segunda Divisão B e a Terceirona do Campeonato Espanhol pelo presidente da Federação Espanhola, Luis Rubiales. Isso ampliará a Segundona B para 98 equipes e o número de grupos na competição terá que ser aumentado.
Tais soluções sempre serão discutidas e criticadas, pois qualquer ideia será pior do que a fórmula de terminar um campeonato como o planejado. Mas isso, com a pandemia, se tornou muito difícil.
Quem aparentemente não pode procurar uma fórmula rápida é a elite do Campeonato Espanhol, porque isso lhe custaria muito dinheiro na televisão, que serve para apoiar seus custos altos. Mas não é tudo. Desde o decreto-lei espanhol, os direitos do futebol irrigam todo o esporte. E mesmo antes, Real Madrid e Barça suportam com a renda do futebol o tremendo déficit de suas seções de basquete, alicerces da ACB. Então é preciso correr para jogar La Liga e a solução é complexa.
E a Europa? Na Euroliga de basquete não há plano. O futebol tem certas datas, já em agosto, mas não há garantia de que os jogos voltarão naquele mês. Além disso, quando as fronteiras serão abertas? Equipes de cinco países - Espanha, Itália, França, Alemanha e Reino Unido - sobrevivem na Liga dos Campeões; onze países permanecem na Liga Europa. Na Euroliga de basquete, dez. E temos de analisar que a taxa de evolução da pandemia na Europa não é uniforme. Por isso, também é considerada a possibilidade de cidades-bolha para terminar com alguma fórmula acelerada. Mas, hoje, o slogan comum é “terminar como está”.
(NR: Alfredo Relaño é colunista do Diário AS, diário espanhol parceiro do L!)