Defesa de Rosell quer que o ex-dirigente responda em liberdade
Sandro Rosell é acusado de lavagem de dinheiro, em atividades que envolvem a CBF. Advogado acusa tribunal espanhol de imparcialidade e teme que prisão afete na defesa
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O julgamento do ex-presidente do Barcelona, Sandro Rosell, segue se desdobrando na Espanha. Preso há dois anos por lavagem de dinheiro, a defesa do dirigente quer que Rosell responda em liberdade e alega que a prisão traz impedimentos para a preparação da defesa adequada no caso. Com isso, os advogados querem, pelo menos, que Rosell responda em liberdade até a sentença ser ditada. Além disso, acusam o tribunal espanhol de não ter a competência adequada para julgar o caso, tendo em vista que as atividades envolvidas foram feitas em outros países.
As acusações
Sandro Rosell tem três acusações. Uma intermediação na venda de direitos televisivos para a CBF a uma sociedade árabe, em 2006. Um contrato entre a CBF e a Nike e uma terceira atribuição, relativa a venda de sua empresa de marketing esportivo, a 'BSM', em 2011. O total do montante em dinheiro que teria sido lavado é de 20 milhões de euros (R$ 84,5 milhões, na cotação atual) e a pena é de seis a onze anos de prisão.
O que diz a defesa
Pelas acusações terem sido realizadas no Brasil e em Andorra, a defesa de Rosell acredita que a justiça espanhola não tem o conhecimento devido das leis dos respectivos países para julgar. Pau Molins, advogado de Rosell, também deixou claro que a prisão de Rosell prejudica a defesa e que a liberdade poderia fornecer mais provas em sua defesa.
A fim de evitar suspeitas nas acusações, o advogado insiste que a liberdade tem que ser concedida para garantir a imparcialidade do juri. Além disso, Pau Molins propôs a substituição dos três juízes que compõem o juri da Câmara.
O que diz o tribunal
O promotor encarregado do caso, José Javier Polo, se opôs a liberdade pedida a Rossel, assim como a tudo levantado pela defesa. Afirmou que o tribunal espanhol é uma instituição competente para julgar o caso, alegando devido respaldo na nova regulamentação da justiça universal e chegou a citar como exemplo o 'caso Neymar', onde a defesa também teve pedido semelhante. O fiscal também deixou claro que Rosell não está sendo julgado por nada feito quando era presidente do Barcelona.
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