Diário de viagem: A intolerância ameaça vencer também no Uruguai
Clássico entre Peñarol e Nacional deve mudar de local para não ser realizado com torcida única. Assim como no Brasil, violência entre torcidas é problema
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Reconhecido mundialmente por ser pioneiro em pautas progressistas, como descriminalização do aborto e a legalização do casamento gay e do consumo e porte de maconha, o Uruguai também se vê ameaçado pela intolerância e a violência no futebol. Assim como no Brasil, as brigas entre torcidas rivais preocupa, a ponto de se cogitar a realização do principal clássico local com torcida única, como foi imposto em São Paulo recentemente.
Clubes, sociedade e até mesmo a federação local, no entanto, resistem. Peñarol e Nacional se enfrentarão na próxima semana com a "hinchada" de ambos, porém não na recém-inaugurada casa do carboneros.
O Estádio Campeão do Século não foi autorizado pelo governo local a receber o clássico, a não ser que fosse com torcida única, possibilidade rechaçada até mesmo pelos mandantes. Isso porque normas não se cumpriram na inauguração do estádio, houve confusão entre torcedores e funcionários do local e problemas na saída dos torcedores.
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Assim, o clássico da próxima semana foi transferido para o histórico estádio Centenário. Uma solução parcial, que frustrou a muitos torcedores, sobretudo do Peñarol, que esperavam há anos por receber o rival em sua casa.
Se por um lado há retrocesso, por outro o futebol uruguaio também dá mostras de civilidade aos brasileiros. Tanto é que o próprio Nacional faz campanha para que seus torcedores levem faixas, bandeiras e outros adereços ao estádio na noite desta quarta-feira, quando o Decano enfrenta o Corinthians, pela Libertadores. Enquanto isso, no Brasil as proibições crescem, as festas nas arquibancadas são cada vez mais limitadas, sem no entanto diminuir a violência.
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