Duas entidades financeiras admitem participação no escândalo do Fifagate
Banco israelense e sua filial na Suíça entraram em acordo com pagamento de multa para evitarem processo em casos de lavagem de dinheiro
O Bank Hapoalim, entidade financeira com sede em Israel, e sua filial na Suíça (Hapoalim Ltd.) admitiram que houve participação direta da entidade nas transações em que houve o pagamento de suborno a empresas e ex-dirigentes no escândalo conhecido como Fifagate.
Para que a companhia não fosse penalizada judicialmente, foi costurado um acordo onde o banco renunciaria o recebimento de 20,73 milhões de dólares (R$ 115,6 milhões) além da necessidade do pagamento de uma multa na ordem de 9,33 milhões de dólares, cotado atualmente em R$ 52 milhões. A informação foi publicada no site oficial da Procuradoria do Distrito Leste de Nova York já que, desde 2015, foi através de investigação da justiça dos Estados Unidos que o caso ganhou notoriedade e tirou do poder centenas de envolvidos.
O texto publicado pelo site da Procuradoria norte-americana ainda detalhou, nas palavras do subdiretor responsável pelo escritório do FBI em Nova York, William F. Sweeney, que "o banco Hapoalim admite que seus executivos olharam para o outro lado e permitiram que continuassem as atividades ilícitas, inclusive quando os empregados descobriram o ardil e o reportaram."
Diversos dirigentes que já foram outrora julgados e condenados pelos casos de corrupção envolvendo a aquisição de direitos de transmissão teriam sido beneficiados por pagamentos entre 2010 e 2015 que passaram pelas contas do banco israelense e de sua filial.
Como, por exemplo, o ex-presidente da Conmebol e da federação uruguaia, Eugenio Figueredo, além dos ex-mandatários das Federações do Chile (Sergio Jadue), Colômbia (Luis Bedoya), Equador (José Luis Chiroboga) e Venezuela (Rafael Esquivel).