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Futebol argentino: até onde vai a crise dos nossos hermanos?

AFA cercada de problemas e escândalos, Messi renunciando seu posto na seleção, que também não tem técnico. Para completar, time olímpico pode não vir aos Jogos do Rio

Sede da AFA
imagem cameraA sede da AFA: entidade é o retrato do péssimo momento do futebol argentino (Foto: Divulgação)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 06/07/2016
15:21
Atualizado em 06/07/2016
15:59

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A Seleção Brasileira vive a maior crise de sua história dentro de fora de campo. No entanto, parece que a rival Argentina resolveu "entrar na onda" e também vive uma fase negra dentro e fora das quatro linhas. Afinal de contas, o time principal vive jejum de 23 anos, acumula três vices seguidos, Messi decretou que não joga mais por seu país (e deve ganhar companhia), Tata Martino pediu demissão e a AFA vive um verdadeiro caos.

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O caos do futebol argentino deu os primeiros indícios mais fortes a partir do momento em que o presidente do país, Mauricio Macri, decidiu intervir dentro da AFA com o objetivo suspender por 90 dias a eleição que estava marcada para o dia 30 de junho, devido a administração do então presidente Luis Segura. O fato levantou dúvidas quanto a participação do país na Copa América Centenário, o que acabou acontecendo. Na semana passada até uma suspeita de bomba na sede da entidade aconteceu. Além disso, uma profunda crise econômica assola o futebol local.

O segundo ato que fez aumentar ainda mais a bole de neve hermana foi a perda da competição realizada nos Estados Unidos no mês passado. Mais uma vez favorita, a Argentina caiu em sua terceira final seguida nos últimos dois anos. Com a manutenção de 23 anos de jejum do time principal, a crise na AFA, e outras questões (críticas da torcida), fez Messi anunciar que não jogaria mais por sua seleção. O fato gerou grande repercussão e outros jogadores, como Agüero e Mascherano, podem também seguir esta linha. Para completar o balaio, o técnico Tata Martino pediu demissão após a segunda derrota para o Chile.

O novo capítulo da crise argentina é no time olímpico. A indefinição sobre a liberação dos nomes foi o estopim para a saída de Martino, mesmo a AFA confirmando anteriormente sua continuidade no cargo. Diante do cenário caótico, o próprio presidente do Comitê Olímpico da Argentina, Gerardo Werthein, colocou em dúvida a participação da seleção no torneio de futebol dos Jogos do Rio. Ele foi mais um a criticar a entidade máxima do futebol argentino, uma vez que competição não é realizada como data Fifa, e por isso clubes não precisam liberar seus jogadores. Até o momento, apenas seis estariam garantidos.

Como se vê, o Brasil vive um momento muito complicado. Mas, ao olhar para o vizinho, vê que existe gente em situação tão ruim quanto. Ou até mesmo pior.

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