Uma das muitas revelações da base do Santos, Geuvânio também foi pescado pelas altas cifras do futebol chinês. Ele desembarcou no país asiático e se juntou a Jadson e Luis Fabiano no Tianjin Quanjian, que disputa a Segunda Divisão. O jovem jogador, de apenas 23 anos, foi indicado por Vanderlei Luxemburgo, que também chegou ao clube nesta temporada.
Geuvânio acredita que o trio com Jadson e Luis Fabiano tem tudo para ser um sucesso na China. Com um futuro promissor pela frente, o ex-santista não teme ficar esquecido na Segunda Divisão do país.
Você despontou no Santos em 2014 e 2015, surgindo como uma grande revelação, e estava nos planos do Peixe para esta temporada. Por que deixar o clube neste momento? Não teme ficar esquecido na Segunda Divisão chinesa?
Eu sempre pensei no melhor para o Santos também, não só em mim. Quando a proposta chegou, eu fazia questão que ela fosse boa tanto para mim quanto para o Santos. E foi o que aconteceu. Quando ficou bom para as duas partes, eu sentei com a minha família, com as pessoas que trabalham comigo e discuti os prós e os contras de uma mudança como essa, nesse momento da minha carreira. Pesaram a favor o projeto do Tianjin Quanjian, que é muito grande e ambicioso, o fato de o time ter uma comissão técnica brasileira e, claro, a parte financeira. Acredito que com o grande número de jogadores importantes que vieram para o futebol chinês, não só brasileiros, a visibilidade vai aumentar e não ficarei esquecido.
Qual foi o maior atrativo para acertar com o Tianjin Quanjian?
Os principais fatores foram o projeto do clube, que é se tornar o principal time da China, com uma estrutura fantástica, profissionais brasileiros de alto nível na comissão técnica, e a proposta financeira, que foi muito boa. Eu sempre gostei de treinar à parte, me preparar bem. Acredito que aqui terei todas as condições de fazer isso também. Apesar de o nível técnico do campeonato ser inferior ao do Campeonato Brasileiro, no Tianjin eu estarei trabalhando com uma comissão técnica de primeiro nível e terei a condição de me preparar tão bem quanto no Santos, fisicamente, tecnicamente e taticamente.
Quando terminou o Campeonato Brasileiro, passava pela sua cabeça jogar no futebol chinês?
Sinceramente, não. A princípio, eu não tinha o plano de sair do Santos nesse momento, mas sempre disse que caso chegasse uma proposta interessante tanto para mim quanto para o clube estaria disposto a sentar e conversar. E eu também sempre disse que não queria sair do Santos sem um título. Eu cumpri isso, ajudando a equipe a ganhar o Campeonato Paulista, em uma conquista que foi muito importante, pois no início do ano todos desconfiavam do nosso time e, depois do título, passaram a nos respeitar muito mais.
O que esperar do futebol apresentado pelo Tianjin Quanjian?
O time evoluiu muito na pré-temporada, é uma equipe totalmente diferente da que todos viram no Brasil. Acho que estamos preparados para o principal desafio do ano que é conquistar o título da Segunda Divisão e, assim, subir para a Primeira Divisão.
Acredita que o time terá adversários à altura na Segunda Divisão?
Ainda é cedo para dizer, temos que analisar melhor os adversários. Mas acho que nos preparamos bem, e vamos procurar fazer a nossa parte.