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Kei Kamara afirma: ‘Eu quero que os negros cheguem alto sem medo de serem julgados’

Em entrevista à BBC, atleta do Colorado Rapids comenta suas experiências durante os protestos contra a brutalidade policial, que provocou o assassinato de George Floyd 

Kei Kamara - Colorado Rapids
imagem cameraKei Kamara já disputou 345 partidas ao longo da carreira pela liga norte-americana, MLS (Foto: AFP)
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Lance!
Colorado (EUA)
Dia 06/06/2020
14:45
Atualizado em 06/06/2020
15:17

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Em entrevista à BBC, o atacante do Colorado Rapids, Kei Kamara, de 35 anos, comentou sobre suas experiências enquanto participava dos protestos contra a brutalidade policial, que provocou o assassinato de George Floyd em Minnesota. Além disso, ele afirmou que os atletas negros da MLS planejam trazer à tona as questões de brutalidade policial e racismo quando as partidas recomeçarem em Orlando.

Durante a entrevista, o jogador também refletiu sobre sua paternidade, que o fez amadurecer e defender tais mudanças nos Estados Unidos. Desde que iniciou a carreira no Orange County Blue Star, em 2004, o experiente atleta já disputou 345 partidas pela liga norte-americana, MLS.

- É para os meus filhos. Estamos em um bloqueio com o coronavírus não poder jogar futebol no momento por tanto tempo em casa. E quando coisas assim estão acontecendo, você assiste várias vezes e, novamente, eu sou alguém que é casado com uma mulher branca e temos três filhos pequenos. Esses filhos, todo mundo que vai vê-los, a primeira coisa que eles vêem são filhos negros. Queremos vê-los alcançar o mais alto que eles podem alcançar sem serem E assim, para mim, novamente, é o respeito ao povo diante de nós, o povo que lutou por trazer algum tipo de igualdade que está na América no momento, que me deu a chance de ser um imigrante, um imigrante africano para mudar para a América - as pessoas tiveram que lutar por isso antes - contou e em seguida completou.

- Vim para cá e agora sou cidadão americano e estou vivendo o sonho de jogar futebol em todo o mundo, e quero ter certeza de que um dia meus filhos possam olhar para trás neste momento - porque tirei minha crianças para o [protesto] - eu me deitei no chão por nove minutos e meu filho na verdade se deitou ao meu lado sem nem perguntar. Kendrick tem apenas 3 anos e ele apenas decidiu se deitar ao meu lado. vi ele e isso me atingiu com tanta força: tipo, uau - destacou.

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Por fim, o atacante do Colorado salientou a importância do uso das plataformas digitais e redes sociais para debater sobre questões importantes para a sociedade como o racismo e a abordagem policial. Ele defende que os atletas negros usem esses veículos para difundir as ideias e se unir diante do preconceito, mesmo em tempos de coronavírus e isolamento social. 

- Como jogadores negros de todo o campeonato, estamos começando a nos comunicar e ver o que vamos fazer para realmente representar os negros, os atletas negros e as crianças negras de todo o país, porque nos admiram. Serão tempos difíceis, porque não se trata apenas de esportes. O coronavírus nos interrompeu por um tempo, já faz 2-3 meses, as pessoas não jogam. Não se trata apenas de esportes, mas de bem-estar. de todos e é por isso que este é maior que o esporte no momento - finalizou.

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