‘Lido com mais desafios nesta volta ao Levadia’, diz João Morelli
Ao LANCE!, meia brasileiro fala sobre responsabilidade de retornar a clube de ponta no qual se destacou no futebol estoniano e detalha a rotina de morar no país báltico
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O desafio de desbravar o frio para se destacar na Liga da Estônia voltará a fazer parte da rotina de João Morelli nesta temporada. Prestes a iniciar sua segunda passagem pelo Levadia, o meia não esconde que chegará ao país báltico trazendo uma responsabilidade ainda mais intensa:
- Lidarei com maior expectativa dos torcedores em relação a mim. Mas isto é uma motivação muito boa, tenho de usar ao meu favor.
Neste domingo, o jogador de 22 anos terá uma reestreia em jogos oficiais bem desafiadora com a camisa do clube: o Levadia disputará a Supercopa da Estônia, contra o Nomme Kalju. Ao LANCE!, Morelli avalia a preparação do Levadia para a temporada e conta os desafios de se adaptar. de novo, ao futebol do país.
LANCE!: Você está de volta ao Levadia, dois anos depois de já ter defendido o clube na Liga da Estônia. Fica uma ansiedade maior para corresponder no retorno?
João Morelli: Ah, é uma expectativa grande. Minha passagem em 2017 tinha sido muito boa, mas nós batemos na trave (naquela edição, o Levadia ficou na segunda colocação, a quatro pontos do campeão Flora Tallinn). Por isto, volto com um desejo ainda maior de ser campeão.
'O calendário é incomum, mas ajuda preparação', diz Morelli sobre competição iniciar em março
L!: A equipe realizou sua pré-temporada no Chipre. Quais são suas primeiras impressões do atual elenco?
Olha, estão muito boas. A gente fez bons jogos contra times difíceis da segunda divisão da Rússia. Vejo que este grupo está mais preparado, com mais profissionalismo. Acho que o futebol da Estônia evoluiu muito, tem uma visão de tática melhor do que na primeira vez em que joguei lá.
L!: Bom, o inverno rigoroso torna o calendário do futebol estoniano um pouco incomum. Vocês começam a jogar só agora em março. Isto chega a afetar o ritmo de jogo?
Na verdade, eu vejo como um ponto positivo. A gente tem dois meses para nos prepararmos. Nossa pré-temporada é feita em um ritmo tranquilo, fato que ajuda a nos prevenirmos de lesões e entrarmos em plenas condições para a disputa da Liga da Estônia. Sabemos que é incomum jogar entre março e, em geral o início de dezembro, mas dá para estarmos bem fisicamente.
L!: O que acha do nível da Liga da Estônia?
É relativamente bom, mas, em geral, a disputa é mais acirrada entre quatro times. O Levadia, o Flora Tallinn, o Nomme Kalju e o Narva Dranz, em geral, são os que brigam pelo título e por vaga em competições europeias.
L!: Antes de voltar ao Levadia, você defendeu o Ituano durante a Copa Paulista. Como foi este retorno ao clube no qual iniciou sua carreira?
Foi bom ter este período perto da minha família. É um estilo diferente do futebol europeu. Não cheguei a ter muitas oportunidades, mas fui bem quando entrei em campo.
L!: Quais lembranças você tem do seu início de carreira, no clube de Itu?
Fiz minha base, sub-15, sub-17... É o meu time de coração, tenho muito amor pelo Ituano mesmo. Sou muito grato também ao Juninho (Paulista, gestor do clube), que me ajudou muito no período em que estive lá.
'Olha, é difícil, mas se adapta a treinar com muita roupa', diz, sobre o frio no país
L!: Você teve a oportunidade de defender nas categorias de base o Middlesbrough, no período de intercâmbio que o Juninho Paulista promoveu entre o Ituano e o clube inglês. O que ficou de aprendizado do seu período na Inglaterra?
Foi muito bom para a minha carreira. Aprendi a me adaptar a um futebol com estilo mais forte. O Middlesbrough fez com que evoluísse a minha visão de jogo para o estilo europeu, mais disputado. Isto ajuda muito em campo.
L!: Nesta volta à Estônia, acha que vai ser um desafio se adaptar de novo ao frio?
Olha, é difícil no início. Mas a gente se adapta rápido a treinar com bastante roupa.
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