Nasser Al-Khelaïfi, presidente do PSG, comenta sobre a criação da Superliga Europeia: ‘Estava morta antes de ser anunciada’
Competição, idealizada em 2021 por gigantes europeus, está suspensa
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Um dos mandatários mais poderosos do futebol mundial, o chefe do PSG, Nasser Al-Khelaïfi, também presidente da ECA (Associação de Clubes Europeus), falou sobre a criação da Superliga Europeia e a relação com Real Madrid e Barcelona, principais idealizadores do projeto.
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- Esses próprios clubes sabem que nunca menciono seus nomes, nem mesmo na diretoria em um ambiente mais privado. Eu sempre falo e oriento que eles podem retornar ao ECA a qualquer momento. Junte-se à família. Eles são bem vindos. A Juventus já se retirou do projeto da Superliga. Eles deveriam fazer o mesmo. Não têm escolha. Não sou contra o Barcelona nem o Real Madrid. Não vou excluir ninguém. Sou contra conflitos e lutas. Me encontrei com Joan Laporta (presidente do Barcelona) e lhe disse a mesma coisa. Se eles querem lutar, deixe-os lutar entre si. Não perderemos mais tempo com isso. Temos nossas próprias coisas para fazer. Queremos evoluir e a Superliga hoje é uma piada. Ela estava morta antes de ser anunciada - disse ao meio Meczyki, da Polônia.
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ENTENDA O CASO
Em abril de 2021, gigantes europeus se reuniram para a construção de uma competição independente, a Superliga Europeia. De início, foram 12 clubes formadores, sendo Arsenal, Chelsea, Liverpool, Manchester City, Manchester United, Tottenham, Atlético de Madrid, Barcelona e Real Madrid, Inter de Milão, Juventus e Milan, restando outros três a serem confirmados posteriormente.
Diante de muita pressão pela oposição, o Manchester City saiu do projeto após 48h e influenciou na saída dos outros cinco times da Inglaterra. Depois, foi a vez dos italianos, restando somente os espanhóis.
A criação da Superliga Europeia visava "proporcionar um crescimento econômico significativamente maior" quando comparado às competições europeias, como a Champions League. Inicialmente, os clubes formadores receberiam em torno de 3,5 bilhões de euros na primeira temporada, além de um aporte da Superliga em €10 bilhões em 'pagamentos de solidariedade'. Grande parte do montante seria crédito de um banco norte-americano, com prazo de financiamento de até 23 anos.
Com a retirada de praticamente todos os clubes que antes haviam aceitado, a Superliga foi suspensa.
'EU CHAMO DE NÃO-SUPERLIGA'
Ainda na entrevista, o presidente do PSG, ao ser questionado sobre a suspensão, criticou a criação e reforçou a boa relação com a Uefa, entidade europeia.
- Superliga? Eu chamo essa ideia de não-Superliga. É um fato. Estamos unidos como nunca antes. Eles queriam nos dividir, mas foi o contrário. Graças a isso, podemos alcançar coisas inovadoras. No jantar de quarta-feira, disse aos membros do conselho que parecia um jantar em família. Trabalhamos para o bem coletivo e muitos de nós poderíamos ter escolhido de forma diferente. A própria Uefa fez um excelente trabalho ao impedir a Superliga. Neste sentido, devemos também agradecer a contribuição de Aleksandar Ceferin (presidente da Uefa) - disse Nasser Al-Khelaïfi.
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