Presidente interino da Fifa: ‘Eu não estaria aqui se fosse corrupto’
Hayatou vê legitimidade em aprovar reformas no dia de mais duas prisões de dirigentes
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A Fifa mais uma vez viveu um dia marcado negativamente, apesar de a entidade ter dado o primeiro passou para a implementação de reformas. Desta vez, mais dois membros do Comitê Executivo da entidade foram presos e o questionamento sobre a conduta dos cartolas recaiu também sobre o presidente interino da entidade, Issa Hayatou.
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O camaronês foi diretamente indagado se era corrupto, já que o nome dele aparece em denúncias que circulam no parlamento inglês por supostamente ter recebido dinheiro na eleição das sedes das Copas do Mundo.
- Eu não estaria aqui se fosse corrupto. O parlamento pode provar? Eu não recebi um dólar sequer - respondeu Hayatou, que, em 2011, foi repreendido pelo Comitê Olímpico Internacional por receber dinheiro da ISL, empresa de marketing esportivo que pagou propina a vários dirigentes da Fifa, como João Havelange e Ricardo Teixeira.
As prisões da vez foram dos presidentes da Conmebol, Juan Ángel Napout, e da Concacaf, Alfredo Hawit. Hayatou adotou discurso semelhante ao de Joseph Blatter, que está suspenso, para se esquivar da responsabilidade da entidade e também para justificar a legitimidade da votação das reformas em meio à crise.
- Somos 25 no Comitê Executivo, mas o quórum conta. Tivemos pessoas suficientes para decidir isso. Não podemos parar tudo simplesmente porque duas pessoas foram presas. Temos alcance global. O quórum estava lá, então deliberamos. A Fifa não controla a justiça. Eles estão conduzindo as investigações e nós estamos conduzindo as reformas. Não temos autoridade, não podemos fazer nada - disse o interino, que no discurso de abertura afirmou:
- Os eventos dessa manhã marcam a necessidade de estabelecer um programa completo de reforma da Fifa. Um grande passo foi dado.
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