Em quarentena, brasileiros falam sobre casos de COVID-19 em Portugal

Com mais de nove mil casos e 209 mortes de COVID-19, Portugal e seus habitantes convivem com a tensão diária desde o início do surto da pandemia. Os lusitanos tiveram que paralisar o futebol diante do coronavírus.

Em um dos países com o maior número de brasileiros imigrantes e disputando as primeiras divisões do campeonato português, os atletas continuam respeitando a quarentena e treinam diariamente para manter a forma física. O volante Luiz Henrique, ex-jogador do Náutico e atualmente no Moreirense, aprovou a reação da população diante das instruções do governo.

- Não está sendo nada fácil ficar em casa o tempo todo, ainda mais a gente que tem uma rotina corrida de treinos e jogos. Por outro lado, o melhor agora é não sair. Aqui em Guimarães o pessoal está tomando cuidado, tem poucas pessoas na rua e, quando vê, estão de máscara e luvas. Estão se precavendo bastante e temos que evitar sair de casa - disse.

Outro jogador brasileiro a aprovar as atitudes dos portugueses foi o meia Marcelinho, ex-Red Bull Brasil e que defende o Pedras Salgadas, da terceira divisão nacional.

- Estamos nos portando muito bem em Vizela e unidos com as pessoas em casa e respeitando o momento, mesmo sabendo que é muito difícil já que precisam trabalhar. Não é fácil, mas está sendo bem feito e tenho a certeza que está bem controlado em relação a Itália e Espanha. O presidente aqui foi muito rápido e inteligente. Espero que isso tudo normalize logo para que possamos viver naturalmente e melhor. Já tenho saudades de jogar uma bola e treinar - disse Marcelinho.

Os atletas brasileiros, assim como grande parte do futebol mundial, tiverem que deixar de fazer aquilo que mais amam para ficar em isolamento. Em seus momento de lazer, procuram conversar com os familiares, jogar vídeo game, escutar música ou assistir séries e filmes. Revelado na base do São Paulo, o goleiro Leo Navacchio, hoje do Penafiel, aprovou as medidas tomadas em ambientes internos.

- Estou muito satisfeito como os portugueses têm reagido a tudo isso, pois todos procuram ficar realmente em casa,se protegendo e, principalmente, protegendo os idosos. E nos locais essenciais é sempre tudo bem organizado. Aqui em Penafiel, no mercado, por exemplo, tem as normas de distanciamento, número máximo de pessoas que podem entrar, horário preferencial dos idosos, deve-se ir sozinho ou no máximo duas pessoas e todos seguem as medidas determinadas sem nenhum problema - declarou.

Há 13 anos longe do Brasil, o volante Marcos Paulo defende as cores do Académica. Com passagem pela Caldense, o atleta também aprovou a atitude dos cidadãos desde o início da quarentena.

- As medidas de contingência foram tomadas de forma muita rápida, a maior parte da população tem levado seriamente o isolamento,  mas ainda tem pessoas fazendo caminhada ou correndo, porém de forma isolada, o que é permitido mesmo com o estado de emergência declarado. Todas as medidas solicitadas pelo governo e ministério da saúde tem sido respeitado e acredito muito que tenham surtido efeitos e guardado muitas vidas, principalmente dos mais vulneráveis, fazendo com que o sistema de saúde esteja com total controle dos casos mais graves e não faltam leitos - concluiu Marcos Paulo.