Saídas importantes e sem reforços de impacto: o Barcelona montou uma equipe para a Europa League?
Por conta da crise econômica, Barcelona perdeu Lionel Messi e negociou o retorno de Antoine Griezmann para o Atlético de Madrid. E os reforços não convencem
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O Barcelona vive uma de suas maiores crises econômicas da história. E este problema financeiro também se reflete, de forma mais perceptível, no campo e na montagem do elenco para a temporada 2021/2022. Entre novos rostos do plantel e outros mais conhecidos do torcedor, o clube catalão gera dúvidas quando se pensa por qual título esse time irá brigar. E se irá brigar.
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Saídas e reforços
Por conta dos problemas econômicos, o Barcelona se desfez de Lionel Messi, o maior e melhor jogador da história culé. Apesar de ter feito um acordo verbal para que o argentino permanecesse, o clube não foi capaz de enquadrar os vencimentos do ex-camisa 10 na folha salarial.
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E além das consequências imediatas, a saída de Leo para o Paris Saint-Germain pode deixar outras marcas negativas. A venda de camisas pode diminuir, as chances de títulos também caem, e com isso o clube não recebe as premiações dos troféus, a adesão do público no Camp Nou pode ser reduzida caso a equipe não convença os fãs e o clube pode perder torcedores ao redor do mundo no médio prazo.
No entanto, o adeus de Messi não é a única questão da equação. No início da janela de transferências, o clube anunciou as chegadas de Memphis Depay, nome de confiança do técnico Ronald Koeman, Sergio Aguero, Eric García e Emerson Royal.
O lateral-direito brasileiro foi negociado na última terça-feira, dia do fechamento da janela de transferências, com o Tottenham. Nesta data, o Barcelona também perdeu Antoine Griezmann, que retornou ao Atlético de Madrid, Ilaix Moriba, que foi para o RB Leipzig, e Rey Manaj, que se juntou ao Spezia da Itália.
E nas últimas horas da janela de transferências, os culés tentaram a contratação de Dani Olmo, atacante do RB Leipzig e da Espanha, mas terminaram o dia com a chegada de Luuk de Jong, que foi adquirido junto ao Sevilla.
Permanências indesejadas
Além das saídas de atletas pesados ou de grandes promessas e com reforços que não causam nenhum impacto no mundo do futebol, o clube segue com jogadores indesejados no plantel. Os casos de Philippe Coutinho, Pjanic e Umtiti são os que melhor ilustram esta situação.
Na última temporada, o meia-atacante brasileiro se lesionou e participou apenas de 14 partidas. O zagueiro francês entrou em 16 jogos, enquanto o bósnio foi quem mais participou destes três nomes, mas atuou em apenas 30 confrontos.
Outros nomes que permaneceram, como o de Riqui Puig e Sergi Roberto também não são unânimes para a atual comissão técnica do Barcelona. O jovem de 22 anos somou apenas 581 minutos jogados na última temporada, enquanto o mais experiente foi alvo de especulações sobre uma possível saída neste mercado.
E vale acrescentar que Neto, goleiro brasileiro, pediu para ser negociado, mas não teve o pedido atendido.
Como fica o elenco?
O atual elenco conta com 25 jogadores. E o sistema ofensivo é o que mais sofre neste momento. Para quem viu, há poucos anos, um plantel que contava com Messi, Suárez e Neymar - e que depois repôs a saída do brasileiro com a chegada de Griezmann -, deve estar bastante preocupado imaginando que para a próxima partida o trio ofensivo possa ser formado por Braithwaite, Depay e De Jong.
Ansu Fati é o nome mais promissor, o maior talento dos últimos anos de La Masia e o novo camisa 10 do Barcelona. No entanto, o jovem de 18 anos está lesionado desde novembro de 2020 e ninguém sabe como será o seu retorno. Dembélé é outro caso de um atleta que não consegue se manter saudável. E Sergio Aguero, recém-contratado, também vem sofrendo com problemas físicos desde os tempos de Manchester City e sua estreia pode ser apenas em outubro.
No meio de campo, Busquets é o pilar e Ronald Koeman conta com os jovens Frenkie de Jong e Pedri. O setor está bem servido, mas quando se olha para o banco... Riqui Puig, Pjanic, Sergi Roberto e Coutinho. O quarteto não parece passar confiança nem para o comandante, imagina para os torcedores do Barcelona.
Vai ter troféu?
Na Espanha, o Barcelona talvez seja considerado atualmente a terceira força do país. O Atlético de Madrid, atual campeão da La Liga, conseguiu se reforçar com Rodrigo De Paul, Matheus Cunha e Antoine Griezmann. Peças chaves para que Diego Simeone busque o bicampeonato nacional.
O Real Madrid também não conseguiu grandes reforços nesta janela de transferências - os merengues contrataram Alaba e Camavinga -, mas o elenco com Courtois, Carvajal, Casemiro, Toni Kroos, Modric, Vinícius Júnior, Benzema e companhia passa mais confiança do que o elenco culé.
E o torcedor do Barcelona deve sim ter que se preocupar com a fase de grupos da Champions League. O clube catalão está bem atrás do nível do Bayern de Munique e, apesar de ser melhor que o Benfica, deverá disputar o segundo lugar com a equipe de Jorge Jesus. E o Mister não irá perdoar caso os blaugranas vacilem no torneio. E caso isso aconteça, o Barcelona irá parar, muito provavelmente, na Europa League.
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