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Sport: ‘Superliga-Champions, uma guerra por dinheiro’

Lluís Mascaró, diretor adjunto do jornal espanhol, não gostou da criação da competição

Superliga da Europa
imagem cameraSuperliga gerou opinião negativa nos torcedores (Imagem: Divulgação)
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Barcelona (ESP)
Dia 20/04/2021
16:17

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Uma guerra de consequências imprevisíveis estourou entre os clubes mais ricos da Europa e as federações nacionais e internacionais. O dinheiro é o culpado. A Superliga contra os campeões. E bilhões de euros em jogo. As 12 equipes mais poderosas do continente (Real Madrid, Barcelona, Atlético, Juventus, Inter, Milan, Arsenal, Chelsea, Liverpool, Manchester City, Manchester United e Tottenham) se uniram para criar uma nova competição em que o mais importante é não futebol, mas renda.

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Essas 12 seleções fundadoras da Superliga (às quais poderiam se somar Bayern, Borussia Dortmund e PSG) querem ter o controle total do negócio, dispensando o grande intermediário, a UEFA, que tira 40% ao ano. Trata-se basicamente de ganhar muito mais dinheiro: dos 82 milhões que o Bayern arrecadou como último campeão aos 250 fixos (prêmios à parte) que os clubes fundadores receberiam. A diferença é abismal. Assim, a UEFA já lançou uma ameaça retumbante: os clubes que disputam esta Superliga serão expulsos das ligas nacionais e os seus jogadores não poderão jogar com as respectivas equipas. A batalha pelos bilhões de euros do negócio será sangrenta.


O problema desta nova Superliga é a falta de princípios. E seu respeito zero pela história e tradições. Aqui só importa o dinheiro, que será distribuído entre uns poucos. Aqui os ricos ganham, eles ficarão mais ricos. E os pobres perdem, quem ficará mais pobre. E perde futebol modesto. É o capitalismo levado à sua expressão mais selvagem. Tudo por alguns.

Algo que, aliás, não é novo. Os fundadores da Superliga foram inspirados pela poderosa NBA, uma competição na qual os clubes são os mestres absolutos. Achávamos que na velha Europa isso não poderia acontecer. Essa memória seria respeitada. Mas com tanto dinheiro em jogo, não há lugar para sentimentalismo. Veremos como essa guerra termina. Aposto num 'pacto' com mais dinheiro para os clubes e menos força para a UEFA.

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