Uefa quer intervir em escândalo envolvendo o Barcelona
Entidade procurou a Federação Espanhola para obter informações sobre o caso
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O escândalo de compras de arbitragem envolvendo o Barcelona está atingindo patamares internacionais. A Uefa procurou a Federação Espanhola de Futebol (RFEF) em busca de informações sobre o caso, no qual o clube catalão foi acusado por infrações entre 2016 e 2018, durante o mandato de Josep Maria Bartomeu.
O secretário-geral da entidade nacional reconheceu que a Uefa tentou entrar em contato com a Federação Espanhola, buscando informações sobre o caso, e que a Federação Espanhola lhe enviou os dados que tinha acesso com relação ao processo. Ele não quis muito comentar sobre o polêmico tema, mas abriu o jogo ao ser questionado se houve contato.
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- A Uefa solicitou as informações à Federação e nós as demos a eles. A informação faz parte da informação reservada e iremos primeiro informar os órgãos judiciais, governamentais e desportivos. Agora não pode ser tornado público - disse o secretário-geral.
Dentro de seu país, o Barcelona não enfrentará nenhuma sanção, porque os fatos estão prescritos. Segundo a Lei do Esporte espanhola de 1990, ainda em vigor, as infrações prescrevem a três anos e o Barcelona rompeu o contrato com a empresa de Enriquez Negreira, ex-árbitro.
Já com relação à Fifa, a entidade pode aplicar uma sanção baseada no ponto 6 do artigo 27, no qual a instituição se reserva ao direito de investigar, processar e sancionar as infrações graves nas quais se encaixem a aplicação do código e na jurisdição das confederações, federações ou outras organizações desportivas, se o considerarem adequado no caso concreto, nomeadamente se a confederação, federação ou organização desportiva não proceder judicialmente contra uma infração grave no prazo de três meses a contar do conhecimento da infração à Comissão Disciplinar. Neste caso, a punição pode ser em perda de pontos e até mesmo em rebaixamento.
A Uefa também teria essa capacidade conforme estabelecido nos artigos 4.02 e 4.03 dos regulamentos em suas competições. A confederação europeia já entrou em 'motu proprio' em casos de fixação em ligas nacionais e tem a possibilidade de expulsar o time infrator por uma temporada.
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