Vini Jr segue na Espanha? Em coletiva, Carlo Ancelotti fala sobre futuro do brasileiro
Atacante do Real Madrid foi vítima de racismo pela décima vez na temporada
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Os atos racistas da torcida do Valencia contra o brasileiro Vinícius Jr, no último domingo, parecem ter sido o ponto de ebulição para o brasileiro. Discriminado pela décima vez na temporada, Vini parece estar no seu limite com a constante situação. O treinador do Real Madrid, Carlo Ancelotti, falou sobre um possível futuro do atacante longe do clube na manhã desta terça-feira.
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- Falei com Vinícius e ele está muito triste, não treinou hoje por um problema no joelho e não jogará amanhã por suspensão. Mas sabe que tem o apoio de todo mundo, não só do Madrid. É um apoio incondicional até de rivais. Mas não acho que ele sairá da Espanha. Ele ama o futebol e ama o Real Madrid, seu amor por esse clube é muito grande e ele quer fazer sua carreira aqui - afirmou o italiano.
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No último domingo, a visita ao Mestalla não foi da melhor forma para o camisa 20 madridista. Aos 27 minutos da segunda etapa, Vinícius entrou em discussão com alguns torcedores que o chamaram de "macaco" durante a partida. Já era possível ouvir os gritos momentos antes da paralisação, que durou nove minutos. Nos acréscimos, ainda houve tempo para uma pequena confusão generalizada entre jogadores das duas equipes. Vini foi enforcado por Hugo Duro e revidou lhe acertando no rosto, mas somente o jogador do Real foi expulso, sem sanções para Hugo. Ancelotti também discutiu com uma jornalista após o jogo por querer falar dos atos racistas e voltou a tocar no assunto durante a coletiva.
- A verdade é que Vinícius é uma vítima do que está passando. Às vezes, se passa como culpado porque dizem que é provocador. Em Mallorca, em Valladolid, torcedores se comportam mal. Parece um costume insultar alguém. Por que temos esse costume na Espanha? Isso tem que parar e estamos cansados de ser insultados em todos os jogos. Atrás do banco, também nos chamam de "filho da..." e "bichona". Espero que as entidades sejam claras, a La Liga e os árbitros também. Aconteceu algo em Valencia que não pode acontecer. A Espanha não é um país racista, mas há racismo na Espanha. Como em outros lugares. E isso precisa acabar - disse Ancelotti.
- Dar nome e sobrenome aos racistas é uma das medidas que se pode tomar sim. E acredito que farão isso com os valencianos. Se seguirmos esta linha, teremos muitos nomes e apelidos. Mas não pode ser a única medida, que isso fique claro. Eu peço desculpas por ter generalizado minha fala. Não eram os 46 mil a gritar. Mas também não era um ou dois - completou o treinador.
Pela expulsão após a confusão com Hugo Duro, Vinícius desfalcará o Real Madrid nesta quarta-feira. Pela 36ª rodada do Campeonato Espanhol, os merengues recebem o também madrilenho Rayo Vallecano no Santiago Bernabéu às 14h30.
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