Dupla Atletiba tem histórico de ‘quebrar regras’ no futebol brasileiro
Saída da Primeira Liga, veto à imprensa, divisão da Arena da Baixada e disputa do Estadual com o time sub-23 estão entre as iniciativas envolvendo os clubes paranaenses
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A decisão de não jogar o clássico por conta da proibição de exibir a partida em suas redes sociais entrou para o histórico de Atlético Paranaense e Coritiba de quebrarem regras no futebol brasileiros. Nos últimos anos, a dupla tem protagonizado vários casos de embate com clubes, imprensa e Federação por defenderem seus negócios no mundo da bola. Veja a lista abaixo.
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Transmissão
Atlético Paranaense e Coritiba não aceitaram o valor proposto pela Globo para transmitir suas partidas no Campeonato Paranaense e passaram a investir na transmissão de seus jogos nas redes sociais, como ocorreu nas primeiras partidas do Estadual. No clássico do último domingo, a Federação Paranaense de Futebol (FPF) não permitiu a transmissão pela internet alegando que os profissionais não haviam feito credenciamento. Por não aceitarem a decisão da entidade, os clubes decidiram deixar o campo da Arena da Baixada e não disputar o clássico.
Primeira Liga
Fundadores da Primeira Liga, a dupla Atletiba desistiu de participar da competição deste ano e se desligar da organização após não aceitarem a divisão do valor pago pelos direitos de transmissão do torneio, que é de R$ 23 milhões. Os clubes paranaenses defendiam a divisão igualitária do dinheiro recebido pelas emissoras de TV, mas a decisão da maioria dos integrantes da Liga foi pelo repasse de acordo com a representação dos clubes. Dessa forma, o Flamengo ficou com a maior fatia, seguido pelo grupo formado por Grêmio, Internacional, Cruzeiro, Atlético-MG e Fluminense. Caso tivessem aceitado, Atlético-PR e Coritiba ficariam apenas na terceira faixa de valor.
Cota para as rádios
Em 2008, o Atlético Paranaense entrou em embate com as rádios pois entendia que as emissoras deveriam pagar cotas para transmitir os jogos do time assim como ocorre com as TVs. Em entrevista ao LANCE!, em 2015, o então presidente do clube, Mário Celso Petraglia, afirmou o seguinte sobre o caso:
“O veto é em relação às rádios. Se pagarem eles podem tudo, de graça nada. Não sou contra a imprensa, sou contra entregar tudo para a imprensa. Eles vendem publicidade e querem tudo de graça? Tem que adquirir os direitos. Mas rádio é um seguimento que acabou, as rádios esportivas estão na reta final. Ninguém mais ouve futebol em rádio, hoje é tudo televisão. E se eu pudesse também cobraria dos jornais impressos, pois vendem com as nossas matérias”.
Time reserva no Estadual
Em 2013, o Atlético Paranaense decidiu jogar o Campeonato Paranaense com seu time sub-23 para aumentar a pré-temporada dos titulares e reduzir o número de jogos dos principais jogadores por conta do longo calendário do futebol brasileiro. A iniciativa tem sido adotada desde então pelo clube, que enfrentou a pressão da Federação e da emissora responsável pelos direitos de transmissão do Estadual para manter a equipe sub-23 na competição.
Arena dividida
Dirigentes de Atlético Paranaense e Coritiba têm negociado o uso compartilhado da Arena da Baixada, algo praticamente impossível de ocorrer na rivalidade de outros estados. O principal defensor do projeto é o atual presidente do Conselho Deliberativo e ex-mandatário do Furacão, Mário Celso Petraglia. Segundo informações do Uol, o Coritiba venderia o terreno do Couto Pereira e investiria cerca de R$ 80 milhões na construção da Areninha, que faz parte do projeto para o Complexo que inclui a Arena da Baixada. A negociação envolveria também a Prefeitura e ajudaria a resolver um impasse em relação ao pagamento dos custos da reforma do estádio para a Copa-2014 envolvendo o Atletico-PR e a administração municipal.
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