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E(L!)eições 2018 – Geraldo Alckmin: ‘Empresas devem gerir o legado’

Candidato do PSDB fala em manter incentivos para o esporte, mas defende a reestruturação de programas atuais e menor presença do poder público no setor

Geraldo Alckmin
imagem cameraGeraldo Alckmin concorre pela segunda vez ao Planalto. Em 2006, perdeu para Lula no 2º turno (Foto: Divulgação)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 24/09/2018
19:59
Atualizado em 26/09/2018
07:00

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Buscar maneiras de atrair recursos da iniciativa privada para o esporte é a intenção de Geraldo Alckmin, candidato à Presidência pelo Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), caso eleito.

Na terceira entrevista do LANCE! com os concorrentes ao cargo, o tucano falou sobre suas ideias voltadas ao setor, como flexibilizar a lei de incentivo ao esporte, reestruturar o Bolsa Atleta e tirar do poder público a responsabilidade sobre o legado da Copa e da Olimpíada.

A publicação acontece em ordem alfabética. Na quinta-feira, vai ao ar a entrevista com Guilherme Boulos, do PSOL.

LANCE!: Quais são os seus planos para desenvolver o esporte no Brasil, tanto de base quanto de alto rendimento?
Geraldo Alckmin:
O esporte será tratado como um instrumento de integração social, alinhado com as políticas públicas de educação, e como uma plataforma capaz de atrair investimentos privados para modalidades esportivas, da base ao alto rendimento, visando reduzir a dependência das verbas públicas. Levaremos a cultura esportiva às escolas e mostraremos aos empresários o verdadeiro valor do investimento no esporte.

"Levaremos a cultura esportiva às escolas e mostraremos aos empresários o verdadeiro valor do investimento no esporte."

A edição da Medida Provisória 846 assegurou aumento dos recursos das loterias para o esporte após uma grande mobilização do setor, insatisfeito com os cortes que a MP 841 causaria devido ao plano do governo federal de priorizar a segurança pública. Se eleito, pretende mexer na distribuição dessas verbas destinadas ao esporte? Se sim, de que formas?
O setor do esporte foi prejudicado por esses cortes. As outras áreas para onde esses recursos acabaram sendo destinados, como segurança pública ou saúde, obviamente, têm um apelo maior. O ideal não é deslocar de uma área para a outra, pois a que perde recursos também acaba sendo afetada e quem sofre é a população. Vamos estudar como essas verbas podem ser redistribuídas sem prejudicar o esporte ou outra área e, o mais importante, estudar novas maneiras de atrair o investimento da iniciativa privada para o esporte. Essa é uma solução viável e que pode realmente mudar a história do esporte brasileiro.

​Em tempos de recessão econômica, como é possível evitar que o país caia em um declínio esportivo? Pretende manter o padrão brasileiro atual de investimentos no esporte?
Precisamos fazer uma reanálise das leis de incentivo ao esporte visando uma reestruturação nos benefícios que os empresários podem ter se investirem no setor. Também precisamos readequar e flexibilizar a lei de incentivo ao esporte, diminuindo a burocracia e agilizando os processos internos no Ministério do Esporte. No final, precisamos criar programas que sejam mais atrativos para a participação da iniciativa privada e mais ágeis para os gestores dos projetos incentivados. Existem problemas. Para que o esporte se torne mais atrativo para o investimento privado, é necessário termos projetos com maior visibilidade e, sobretudo, com maior longevidade e sucesso.

A CBF esteve envolvida nos últimos anos em uma série de escândalos de gestão. Ex-dirigentes já foram banidos do futebol e até presos. Que avaliação faz da atual diretoria? O governo deve intervir na gestão do futebol e da entidade? Se sim, de que forma?
O governo federal não deve intervir em nenhuma confederação. O que tem de fazer é trabalhar, juntamente com os demais poderes, para criar normas rígidas para o controle de confederações, federações e órgãos que administram o esporte. Precisamos criar normas rígidas de governança e estabelecer um critério de meritocracia que norteie a distribuição de verbas federais entre essas entidades.

"O governo federal não deve intervir em nenhuma confederação. O que tem de fazer é trabalhar, juntamente com os demais poderes, para criar normas rígidas para o controle delas"

O que acha da atuação do Ministério do Esporte? Pretende manter o investimento em planos de incentivo direto aos atletas, como o Bolsa Atleta?
A ideia é que se mantenha os planos, mas com reestruturação. Precisamos criar programas adaptados à realidade brasileira, duradouros e consistentes, que ajudem os atletas a obter resultados internacionais.

Em um eventual governo seu, o Ministério do Esporte ficará a cargo de uma pessoa com forte conhecimento sobre o assunto ou utilizada em barganha?
O objetivo é que quem assuma o esporte tenha conhecimento da área e noção de governança pública. Ou seja, alguém preparado, ligado ao setor para lidar com as demandas que um cargo público exige.

O governo federal é responsável pela gestão de boa parte das instalações utilizadas nos Jogos Rio-2016, por meio da Autoridade de Governança do Legado Olímpico (AGLO). Como pretende administrá-las e que medidas tomará para que a população e os atletas do país usufruam do legado do megaevento? A AGLO será mantida caso seja eleito?
O legado olímpico é uma joia do país que precisa ser preservada. Gastamos muito dinheiro para sediar uma Olimpíada e não podemos simplesmente jogar fora esse investimento. O Poder Público não tem competência nem orçamento para tocar a manutenção desses equipamentos – existem outras prioridades. Mas queremos preservar o legado e acreditamos que o investimento privado é uma solução, por parcerias público-privadas.

Quais são seus planos para evitar que o legado da Copa do Mundo de 2014 seja abandonado?
Na prática, o legado da Copa do Mundo Já está abandonado. A arena de Cuiabá é um exemplo. A solução é atrair a iniciativa privada para explorar essas arenas. Elas precisam se tornar atrativas para que o empresário interessado em investir vislumbre um negócio.

O governo brasileiro vem "socorrendo" clubes financeiramente em medidas como o Profut. O que acha do programa? O seu governo dará suporte aos clubes do país? De que formas?
O Profut foi feito para agradar a a opinião pública. Precisa ser reestruturado. Os clubes precisam ser sustentáveis. Arrecadam dinheiro com bilheteria, patrocínios, produtos licenciados, etc. Poucos esportes oferecem as condições que o futebol tem para atrair investimentos privados. Não faz sentido receberem verbas públicas. Vamos apoiar o futebol da mesma forma que apoiaremos todas as outras modalidades esportivas.

A partir de 2019, clubes que não tiverem um plantel de futebol feminino não poderão disputar a Libertadores. Acha que essa medida é um incentivo eficaz para o desenvolvimento da modalidade no país? Em um eventual governo seu, os esportes olímpicos e o futebol feminino terão alguma atenção?
Só essa medida não é eficaz. No caso do futebol, existe uma grande diferença de salários e estrutura entre as modalidades masculina e feminina. Falar em oferecer as mesmas condições, no curto prazo, pode ser uma utopia, não só no Brasil, mas no mundo. Mas lutaremos muito para oferecer uma melhor condição aos atletas em todos os esportes, sem nenhuma distinção de gênero. Queremos fazer do Brasil uma potência olímpica, e isso se faz com homens e mulheres treinando e competindo em condições ideais e similares.

QUEM É ELE
Nome
Geraldo José Rodrigues Alckmin Filho (PSDB)
Nascimento
7/11/1957 - Pindamonhangaba (SP)
Vice
Ana Amélia (PP)
Coligação
Para Unir o Brasil (PSDB / PTB / PP / PR / DEM / Solidariedade / PPS / PRB / PSD)
Valor em bens declarados
R$ 1.379.131,70

NO ESPORTE
Time de coração
Santos
Ídolo 
Pelé e Hortência

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