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L! Espresso: Fim da boquinha

Luiz Fernando Gomes analisa a crise no COB

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Quando assumiu a presidência do COB, depois da prisão e renúncia de Carlos Arthur Nuzman, Paulo Wanderley afirmou. "Quem não está dentro da conformidade tem que estar. É governança, transparência, compliance, outra realidade. Se não se encaixar está fora". Parecia bravata de quem precisava marcar posição. Na quarta-feira, o novo dirigente jogou duro. Demitiu o secretário-geral e diretor financeiro da entidade, Sérgio Lobo, homem de confiança e dono do maior salário da era Nuzman - R$ 1.146.600,00 por ano, de acordo com o site da ESPN, mais de R$ 88 mil por mês.

Lobo estava no COB desde 2002. Não é ainda alvo de investigações, embora tenha sido citado no depoimento de uma secretária do comitê como alguém que tinha conhecimento dos pagamentos feitos a Papa Massata Diack, filho do ex-presidente da Federação Internacional de Atletismo (IAAF), acusado de receber propinas para eleger o Rio sede dos jogos de 2016. A demissão se enquadra na política de corte de gastos da atual direção e que inclui, ainda, a transferência da sede do COB na Barra – um símbolo pomposo da gestão anterior - para o Parque Aquático Maria Lenk, local muito menos suntuoso e muito mais adequado.

Pode ser apenas fogo de palha, mas há bons ventos soprando no esporte olímpico brasileiro

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