L! Espresso: Outra vez na Justiça
Luiz Fernando Gomes analisa o processo eleitoral do Vasco
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Quem é o novo presidente do Vasco? Eurico Miranda, apuradas as urnas nesta madrugada, auto proclamou-se mandatário para mais um triênio. Mas a eleição do Cruz-Maltino, mais uma vez, só será decidida na Justiça. Eurico venceu com 2.111 votos, contra 1.975 da chapa de Julio Brant e 421 da chapa de Fernando Horta. O problema, contudo, está na urna 7, considerada suspeita. O grande número de sócios que entraram no clube num mesmo período – novembro e dezembro de 2015, limite máximo para votar na eleição – e o resultado completamente distorcido em relação às demais, fez a oposição pedir sua anulação.
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Se a Justiça acatar, o resultado será outro: Julio Brant terá 1.935 votos contra 1.683 de Eurico. Isso explica a razão de as duas chapas terem feito festa ao final a apuração. O imbróglio não é novidade. Suspeitas de fraude são uma rotina nas eleições vascaínas. E a votação de sócios sem condições estatutárias ou que foram cooptados às vésperas do processo eleitoral sempre foi a arma de Eurico e seu grupo para influenciar no resultado das urnas. Por várias vezes a Justiça foi chamada a decidir.
O resultado agora é incerto. Mas, qualquer um que seja o vencedor, o Vasco já perdeu. As feridas de mais uma eleição suspeita só serão cicatrizadas com mudanças concretas nos processos do clubes, sua modernização, democratização e a garantia de transparência da gestão. Tudo o que nunca interessou a Eurico Miranda. Tudo o que a oposição, dividida e personalista, nunca teve forças para mudar.
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