L! Espresso: Pesos desiguais
Luiz Fernando Gomes analisa a relação entre CBF e clubes
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A renda líquida de Brasil 3×0 Chile, disputado há uma semana no Allianz Parque deixou nos cofres da CBF R$ 12.426.458,79. O valor é maior do que 18 dos 20 clubes da Série A arrecadaram em 26 rodadas do Brasileirão. Somente Corinthians e Palmeiras conseguem superar o faturamento da entidade. O Timão acumulou R$ 18.317.703,81, enquanto o Verdão R$ 17.515.290,59. No outro extremo, Fluminense e Ponte Preta têm saldo negativo (veja no Blog Bulla na Rede o faturamento de todos os clubes).
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A Seleção sempre foi a grande fonte de renda da CBF. Para o bem e para o mal. Não foi por acaso que a dinastia Teixeira-Marin-Del Nero, durante anos, fez o time viajar pelo mundo em amistosos caça-niqueis. Contratos que ainda hoje passam por investigação e que já levaram a Justiça espanhola a emitir uma ordem de prisão contra RT. Só quando os escândalos pipocaram e o distanciamento do torcedor começou a incomodar os patrocinadores, a Seleção voltou a jogar no Brasil. Nessas Eliminatórias o faturamento líquido da CBF passou dos R$ 80 milhões. Dinheiro para ninguém botar defeito.
É verdade que investimentos têm sido feitos pela entidade, na organização de torneios de base, na academia do futebol. Nada mais correto, é obrigação. Largar o osso do Brasileirão, contudo, incentivando e não boicotando as sempre tímidas iniciativas dos clubes para montar uma liga independente e auto sustentável - como as europeias - deveria ser o próximo passo. Seria bom para a entidade, bom para os clubes – que certamente teriam receitas majoradas – e bom para o futebol tupiniquim.
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