Um regulamento esdrúxulo que por pouco não exige um manual de orientação para ser compreendido; estádios fechados; locais de jogos confirmados poucos dias antes de acontecerem. São mazelas como essas, além da insegurança nas ruas da cidade e do medo de briga de torcidas, que compõem o cenário da derrocada do Campeonato Carioca, agravada ainda mais este ano. Aquele que já foi considerado o mais charmoso e rentável regional do país não passa hoje de um verdadeiro caça-níqueis para cobrir prejuízos. Sua média de público (2.218 pagantes) é apenas a oitava entre os campeonatos pelo Brasil, atrás do Paulista, que mobiliza três vezes mais torcedores, Mineiro, Paranaense, Goiano, Gaúcho e Baiano. Apenas 168 mil pessoas assistiram a todos os jogos somados. Um Maracanã lotado dos tempos de antes do padrão Fifa.
E o pior: a renda líquida acumulada é negativa, um prejuízo médio para os clubes de R$ 15 mil por partida. A situação só não é ainda mais dramática por conta da venda de mandos de campo por alguns clubes, o que levou jogos do Carioca para Brasília, Cuiabá e Cariacica. O fato é que, ano após ano, a Ferj vem se esforçando para acabar com o que resta de credibilidade no Estadual do Rio. O paciente agoniza e o médico despreza os remédios da cura.
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