O Santos não está empolgado com a possibilidade de vender Bruno Henrique ao Cruzeiro. Ao menos, não pela primeira oferta apresentada pelo clube mineiro: menos de R$ 10 milhões, mais metade dos direitos econômicos do atacante Raniel, cria da Toca da Raposa. O Flamengo, nos planos do Peixe, era o favorito a ficar com Bruno, mas desistiu da negociação.
O valor da oferta cruzeirense foi inicialmente publicado pelo jornalista Ademir Quintino. O Rubro-Negro não gostou da novela na qual se transformou a negociação e também do fato do Santos não oficializar no papel as exigências para liberar o jogador. Por isso e outros fatores, o vice-presidente de futebol do clube da Gávea, Marcos Braz anunciou a desistência em entrevista coletiva na última segunda-feira.
Em rápida conversa com a reportagem, o presidente do Santos, José Carlos Peres não quis confirmar os termos da negociação com a Raposa, mas assegurou que não venderá Bruno ao Cruzeiro pela primeira oferta. O dirigente ainda afirmou que existem clube interessados no futebol do jogador de 28 anos dentro e fora do país.
O estafe de Bruno tenta evitar um "leilão" do jogador desde a abertura da janela de transferências e não está satisfeito com a condução das negociações por parte do Santos. Bruno, aos 28 anos, tem contrato com o Peixe até 31 de janeiro de 2021 e tinha o desejo de jogar no Rio de Janeiro sob o comando de Abel Braga. Algo que não irá se concretizar.
O argentino Jorge Sampaoli gosta do futebol do jogador e espera contar com ele em 2019, mas, mesmo assim, foi duro ao falar da situação de Bruno Henrique durante entrevista coletiva na noite do último domingo, após amistoso contra o Corinthians, na Arena, em Itaquera.
- Futebol virou um grande negócio. Muitos querem sair de onde estão por dinheiro. Bruno, como todos os outros, são tentados para ir a outro lugar e se perde um pouco a essência de sentir pelo escudo, a vontade de jogar por clube. De desfrutar do jogo. Se tem a possibilidade de ir, depende do clube. Eu queria que ele ficasse, nos daria a qualidade que reclamamos que a camisa do Santos merece. A camisa do Santos não pode ser colocada por qualquer um - disse o técnico argentino.