Flu de Abel e Fla de Diniz? Em campo, técnicos já defenderam os rivais
Zagueiro Abel Braga começou carreira nas Laranjeiras e conquistou três Cariocas pelo Tricolor. Já o meia Diniz, teve passagem apagada pelo clube da Gávea<br>
A ligação de Abel Braga com Fluminense é notória. O atual técnico do Flamengo começou a carreira nas Laranjeiras e, entre categorias de base e profissional, defendeu o clube por oito anos, conquistando o carinho da torcida tricolor. O que, talvez, muitos podem não lembrar é que Fernando Diniz, hoje técnico do Fluminense, também já defendeu o rival desta quinta-feira dentro das quatro linhas, mas a passagem não foi lá muito marcante.
Abel Braga nunca escondeu o carinho pelo Fluminense. No clube, deu os primeiros passos no futebol e esteve nas Laranjeiras entre 1968 e 1976, tendo apenas uma pausa em 1973, quando foi emprestado ao Figueirense. Com a camisa tricolor, esteve no elenco que conquistou os Campeonatos Cariocas de 1971, 1973 e 1975. Depois, como treinador, teve três passagens pelo Flu, em 2005, 2011 e em 2017. Em 2011, inclusive, em entrevista na apresentação, declarou o amor que tem ao Tricolor.
- Nosso tempo existia uma coisa mais nostálgica, mais duradoura, mais sentimento. Se mudava pouco. (...) Estou aqui feliz da vida. Estou no meu país, na minha cidade e no meu clube - disse.
Se a passagem de Abel Braga foi marcante no Fluminense, não pode dizer o mesmo sobre Fernando Diniz no Flamengo. Foram apenas 12 jogos disputados, um gol marcado e poucas saudades deixadas para a torcida rubro-negra. Se era tratado como revelação no Tricolor, acabou sendo decepção pelas poucas vezes que entrou em campo pelo rival.
Curiosamente, a estreia aconteceu contra o Fluminense. Depois de ter rescindido seu contrato com o Tricolor, Fernando Diniz chegou ao Flamengo como uma grande promessa para a toda a temporada. Contudo, o jogador não se saiu tão bem e foi reserva na maior parte do tempo - sendo negociado ao final da temporada. O reencontro com o ex-clube neste sábado marca o primeiro Fla-Flu como treinador.
- Máximo de seriedade. Não conversei com o presidente, mas a princípio não tem nada diferente. Foi uma resposta que deu no calor da partida. Mas não tenho o que falar porque a gente ainda não conversou - destacou, lembrando a declaração do presidente Pedro Abad após o clássico com o Vasco, no último sábado, quando ameaçou 'abandonar' o Carioca.
Diniz tem uma responsabilidade grande no clássico: vencer um adversário que é tratado como favorito devido ao seu alto investimento. O Tricolor aposta na eficiência tática, que tem dado certo nas últimas partidas. Ainda sem poder contar com Paulo Henrique Ganso, a aposta é pelo entrosamento dos atletas que têm começado como titulares na temporada.