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Gerente do Macaé acredita que salvação do futebol após COVID-19 virá da base dos clubes

'A gestão dos clubes passará por uma grande mudança de conceito', afirmou o dirigente

Macaé - CT da Base
José Carlos Pereira é gerente de base do Macaé (Foto: Cassiano Carvalho/Macaé)

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Com o futebol carioca completamente parado em função da pandemia da COVID-19, está cada vez mais difícil apontar uma solução para os vários problemas dos clubes pequenos. Neste momento de indefinição no futebol mundial, até os gigantes europeus fazem malabarismo em busca da melhor solução para a situação financeira. Existe, porém, um consenso: a venda de jovens jogadores pode amenizar a falta de recursos.

O Macaé, que vem desenvolvendo um trabalho de destaque na base, também teve que dar uma pausa nas atividades enquanto ainda existe risco de contaminação. Para o gerente de futebol da base, José Carlos Pereira, após essa pausa nos jogos o futebol precisará se realinhar e tomar um novo rumo.

- O futebol tem que ter tempo determinado para os treinamentos após o coronavírus. Até porque no futebol é diferente, assim como no esporte em geral. Os atletas vão precisar de tempo para a readaptação. Pensando no futebol profissional do Brasil, acredito que de modo geral, a gestão dos clubes passará por uma grande mudança de conceito. Infelizmente as equipes de menor porte fazem os contratos na conta do chá. Falta calendário, a situação financeira não é boa, então o contrato curto acaba sendo a única solução. E agora com essa pausa inesperada, penso que a base será a salvação dessas equipes. Quem tem uma categoria de base preparada sofrerá menos danos. Acompanho o futebol europeu e vejo que em alguns países o campeonato sub-23 é obrigatório, aqui no Brasil esse conceito precisa ser colocado em prática - disse o dirigente, que seguiu apontando possíveis mudanças fora de campo, na estrutura da comissão técnica das equipes.


- Fora de campo teremos que repensar a forma como os clubes estão trabalhando. Creio que na crise muita coisa será repensada. É hora de contratar profissionais que saibam de fato do trabalho dentro e fora de campo. Acredito que teremos comissões técnicas mais enxutas e com profissionais mais qualificados - afirmou.

Mesmo com a crise atual e o cenário de indefinição, o dirigente acredita na mudança gradual da situação. O gerente da base do Macaé afirmou, inclusive, que já foi procurado por um grupo europeu que pretende fazer investimentos significativos no futebol brasileiro.

- Na relação custo beneficio o futebol é o melhor negócio do mundo. Estamos trabalhando sério na base do Macaé porque acreditamos que no futebol brasileiro sempre surge um grande talento e precisamos ficar atentos. Acredito que os homens de negócio estão observando o nosso mercado para fazer um investimento certeiro nos clubes do Brasil. Eu mesmo já fui procurado por um grupo estrangeiro que está analisando algumas situações em busca de negócios. Tive uma conversa inicial, mas sei que pensam em investir em até quinze clubes aqui no Brasil. Quem estiver preparado vai largar na frente, precisamos trabalhar com profissionalismo - encerrou.

Na disputa do Campeonato Carioca Sub-20, o Macaé fez apenas uma partida e foi derrotado para o Nova Iguaçu. Logo em seguida, a competição foi suspensa devido à pandemia da COVID-19.

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