Jogada de Santos x Vasco, pênalti em Flamengo x Bahia… Presidente da Comissão de Arbitragem da CBF analisa lances da rodada do Brasileirão
Wilson Seneme comentou principais polêmicas da 25ª rodada do Campeonato Brasileiro
A CBF divulgou mais uma edição do "Papo de Arbitragem" nesta terça-feira (3). No programa, Wilson Seneme, presidente da comissão de arbitragem da entidade, e Péricles Bassols, gerente técnico do VAR da confederação, analisaram os lances polêmicos da 25ª rodada do Campeonato Brasileiro, encerrada nesta segunda (2).
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Os principais lances analisados pelo chefe de arbitragem da CBF foram dos jogos Flamengo x Bahia e Santos x Vasco. Para Seneme, o árbitro Savio Pereira Sampaio (Fifa-DF) e a equipe do VAR acertaram ao expulsar o zagueiro Kanu por falta em Gerson na entrada da área. Em campo, Savio havia aplicado apenas cartão amarelo, mas mudou de ideia e deu vermelho após analisar a jogada no VAR.
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- Se a gente para no momento da infração, faz duas colocações aqui: o goleiro tinha possibilidade de jogar essa bola agora? Não. Fora o defensor que acabou sendo expulso, havia outro defensor com possibilidade de disputar essa bola? Não. A distância que eles tinham era muito grande para poderem disputar - disse Wilson Seneme.
- Outro ponto é a direção da jogada. Uma coisa é a direção quando a jogada está na lateral. Se o Gerson e o Kanu estivessem na ponta da área, e o Gerson na mesma direção, eu diria que não há oportunidade de gol. Porque ele ia ter que dominar a bola, fazer uma nova ação para depois ficar de frente para o goleiro. Mas eles estão numa região centralizada da área, o próximo passo do Gerson era ficar de frente para o goleiro. Por isso claramente se transforma em oportunidade clara de gol. Porque os quatro elementos: distância, direção, controle da bola e número de defensores, se completam em 100%. A chamada para revisão foi absolutamente correta pelo VAR - concluiu.
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Ainda, o chefe de arbitragem comentou outros dois lances do duelo entre Flamengo e Bahia. Em relação ao pênalti em Ayrton Lucas anulado porque a falta teria acontecido fora da área, Seneme afirmou que a decisão pela retirada da penalidade foi correta, visto que é um lance claro, e não cabível de interpretação.
- O Sávio, em princípio, demonstrou uma certa dúvida se era dentro ou fora. Ele decide pênalti, só a partir disso o árbitro de vídeo começa a trabalhar. Visivelmente, dá para ver que foi fora da área, então buscaram um excelente ângulo. Neste lance, não há dúvida, não há interpretação. É dentro ou fora.
Wilson Seneme também falou sobre o pênalti assinalado a favor do Rubro-Negro, convertido por Pedro e que garantiu a vitória ao time carioca pelo placar mínimo. Na jogada, Bruno Henrique cai após ação de Gilberto em disputa de bola dentro da área. Savio Pereira marcou a penalidade, confirmada após revisão do VAR. Para o presidente da comissão de arbitragem da CBF, o árbitro acertou na marcação, visto que o lateral do Bahia não teve atenção e foi "imprudente".
- O defensor do Bahia teve intenção? Não. Mas será que ele não foi imprudente? Que não tem atenção? Ele não teve atenção de que havia um atacante chegando. Esse é o detalhe importante da regra. Quem jogou a bola primeiro? O atacante. O atacante vai com a ponta do pé para frente. Ele não vai com a sola. Ele vai com o bico do pé para tirar a bola e recebe o chute no pé. É um chute com falta de atenção, consideração e não teve preocupação. E não foi um contato mínimo. Foi um chute que seria na bola.
PÊNALTI EM SANTOS X VASCO
A partida entre Santos e Vasco ficou marcada por várias polêmicas. O lance comentado por Seneme foi o do pênalti marcado por Anderson Daronco (Fifa-RS) aos dez minutos de jogo a favor do Peixe. Na jogada, Marcos Leonardo recebeu lançamento e, dentro da área, foi derrubado por Puma Rodríguez. Inicialmente, o árbitro não marcou a penalidade, mas após consulta ao VAR, mudou de ideia e assinalou a infração.
O próprio Menino da Vila foi para a cobrança e converteu, abrindo o placar para os donos da casa. Para Wilson Seneme, a decisão de Daronco com auxílio da VAR foi correta, já que o contato foi direto no corpo do camisa 9 santista, sendo assim, uma "imprudência" de Puma. Portanto, seguiram o texto da regra.
- Se a gente observar o jogador, ele chega atrasado na bola e não disputa e vai na direção do corpo do atacante. Se o contato fosse mínimo ou se o atacante realmente deixasse o corpo, nada a marcar. Existe uma imprudência do defensor, que vai direto ao corpo do atacante e o derruba. Eles interpretaram dessa maneira e estão respaldados pela regra - disse o chefe de arbitragem da CBF.