LANCE! Espresso: Clubes precisarão se entender sobre a volta do futebol
Uma espécie de guerra fria começa a ser forjada no Brasil fora dos gramados
Uma guerra fria e silenciosa se desenha nos bastidores do futebol brasileiro. Enquanto clubes como Internacional e Grêmio já estão de volta às atividades, mesmo com a pandemia do novo coronavírus matando diariamente mais de meia centena de pessoas, outras equipes não dão nenhum passo em direção do retorno à normalidade (porque, inclusive, não vai haver nada de normal nos próximos meses).
"Todos somos grupo de risco", disse Vanderlei Luxemburgo em aparição na TV Palmeiras, defendendo o isolamento. No Botafogo, Carlos Augusto Montenegro, membro do comitê gestor e homem-forte do clube, já avisou que o Alvinegro não entrará em campo tão cedo. O mesmo falou Raí, superintendente de futebol do São Paulo, que criticou as políticas do Governo Federal. Em reunião com os clubes, a Federação Paulista de Futebol decidiu não estipular data para o retorno aos treinos.
Está cada vez mais claro que não vai haver jogos de campeonatos nacionais e muito menos internacionais em um curto espaço de tempo. O que farão os clubes que insistem em treinar e expor os seus jogadores ao risco de uma doença que já matou mais de 8 mil pessoas no País, segundo os números oficiais?
Pouco afeitos a acordos e a trabalhar em conjunto, os clubes brasileiros têm como missão no horizonte encontrar um entendimento. Pelo bem de todos, não pelo bolso.
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