LANCE! Espresso: A luta do Cruzeiro, agora, é pela sobrevivência
Na maior crise de sua história, clube ainda perde seis pontos na Série B
Em 2013, o Cruzeiro iniciava trajetória que fez dele o mais bem-sucedido time no Brasil por cinco anos. Nesse período, conquistou Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil e estadual - duas vezes cada torneio. Foram cinco anos de ouro para o lado azul de Belo Horizonte. Mas, em maio do ano passado, tudo começou a desmoronar.
A TV Globo revelou suspeitas graves sobre a gestão do então presidente Wagner Pires de Sá, que tinha como homem-forte Itair Machado. A polícia abriu investigação por lavagem de dinheiro e falsidade ideológica, entre outros crimes. Em dezembro, o Cruzeiro foi rebaixado pela primeira vez. Atolado em dívidas, perdeu boa parte dos jogadores, não consegue se reforçar e esta semana teve nova notícia desastrosa. A Fifa determinou que o clube vai iniciar a Série B com seis pontos a menos por não ter feito o pagamento pelo empréstimo do volante Denílson ao Al Wahda.
De principal time do Brasil, a Raposa é hoje um clube sem rumo, que gastou o que não tinha para viver uma ilusão que durou cinco anos e comprometeu seu futuro. O clube foi saqueado, como mostram as auditorias que vêm sendo realizadas, e vai ter missão muito dura.
Times como Vasco e Internacional já tiveram dificuldade para voltar à primeira divisão, não conseguiram sequer o título da Série B. Começando com menos seis pontos e vivendo um período crítico e sem receber valor integral destinado aos clubes da Série A, como determinam as novas regras para os rebaixados, a luta não será pelo acesso, mas pela sua própria sobrevivência.
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