LANCE! Espresso: Ronaldinho mostra desconexão com a realidade

Nunca seremos capazes de entender Ronaldinho Gaúcho. Sua expressão ao deixar a cadeia no Paraguai, onde ficou preso 32 dias por porte de documento falso, era a mesma de quem chegava a algum hotel para um jogo da Seleção. Ou na entrada de festas quaisquer em sua vida cheia de episódios aleatórios. Não havia qualquer expressão de angústia, de tristeza.

Como muitos atletas do futebol, mas talvez mais ainda que qualquer outro, Ronaldinho, um gênio com a bola nos pés, parece não ter o entendimento do mundo em que vive. Está por aqui apenas para desfrutar do dinheiro que ganhou no período (curto) em que jogou em altíssimo nível, sendo eleito duas vezes pela Fifa como o melhor do planeta. Deixou a cadeia com a mesma cara que entrou (falamos aqui da expressão demonstrada, e não da barba cultivada no período em que esteve preso, que incluiu seu aniversário de 40 anos).

É estranho e incompreensível para quem observa de fora. Mas a aparente alienação talvez seja a forma de defesa encontrada por alguém que nunca demonstrou interesse em entender seu país, o mundo ou sua missão por aqui. Mete-se em problemas com a Justiça, e este episódio é apenas mais um, e segue vivendo normalmente. Até aparecer nas manchetes novamente.

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