LANCE! Espresso: Supercopa diz pouco sobre futuro de Galo e Fla
Jogo foi emocionante, mas euforia e decepção não podem nublar o início de trabalho
Qualquer análise que se possa fazer sobre um jogo de futebol fica um pouco para segundo plano quando este jogo acaba com uma disputa de pênaltis que termina apenas na 23ª cobrança. Foi o que aconteceu na tarde de ontem na Supercopa do Brasil, vencida pelo Atlético-MG depois de empate por 2 a 2 no tempo regulamentar e vitória nos pênaltis por 8 a 7. O Flamengo teve quatro chances de fechar a partida nas cobranças alternadas, mas acabou derrotado quando Vitinho parou nas mãos de Everson.
Mais uma vez a Supercopa deu ao torcedor um agradável jogo de futebol para este início de temporada, como tinha acontecido também ano passado, com o troféu ficando para o Flamengo, também nos pênaltis, contra o Palmeiras. Emoção à parte em uma "infinita" disputa de penalidades, o resultado de ontem na Arena Pantanal não pode servir como referência para o trabalho feito na Gávea e nem na Cidade do Galo.
Os dois times ainda estão em começo de trabalho e com técnicos que assumiram seus cargos recentemente. Turco Mohamed, lógico, ganha fôlego já levantando um troféu. Mas um troféu conquistado em jogo único não dá margem para conclusões. Assim como para o lado de Paulo Sousa, que já tinha ouvindo alguns inacreditáveis questionamentos.
É verdade que mexeu mal no time. Pedro e Marinho acabaram no banco, e são dois atletas com o potencial para mudar o rumo de uma partida. Mas o preço de contratar um treinador português também é o de permitir que conheça o elenco, que faça seus testes sem ter o retrospecto passado. Foi uma deliciosa partida para abrir o ano. Mas importante que não se conclua nada a partir dele.
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