Ao adotar com frequência casuísmos para agradar dirigentes-eleitores, televisões parceiras ou simplesmente os aliados do poder, a CBF acaba gerando desgastes que poderiam ser evitados com um mínimo de bom senso. É o caso das vagas brasileiras na Copa Sul-Americana. Paysandu e Santa Cruz, pelo regulamento da CBF, teriam a participação assegurada na competição continental, como campeões das copas Verde e do Nordeste, respectivamente. Mas Marco Polo e sua turma se esqueceram de combinar com a Conmebol que, ao mudar o formato de seus torneios, definiu que todas as seis vagas brasileiras seriam definidas pela classificação da Série A.
|
|
Os clubes prejudicados não vão ficar parados. À coluna De Prima, o presidente do Papão, Alberto Maia, disse que a decisão fere o direito adquirido e contraria a legislação brasileira. No mínimo, e com razão, ele quer ser indenizado pelos prejuízos sofridos se realmente ficar de fora, como parece, da Sul-Americana de 2017. Para tanto, já enviou à CBF um ofício com a reivindicação. Mas, sem uma resposta da entidade, como de hábito, essa briga ainda promete dar muito pano para manga.
|
|
A mensagem de fim de ano da diretoria do Corinthians foi um pedido de desculpas ao torcedor. “Trabalhamos para que todos pudéssemos celebrar mais uma temporada de conquistas. Mas o esporte é assim, você ganha em um dia e perde no outro. A vida é feita de acertos e erros”, diz o texto. Tudo isso é correto. No entanto, desculpas só valem quando os erros são corrigidos. E o que os cartolas demonstraram, nos primeiros passos rumo a 2017, é que a falta de planejamento continua – vide a conturbada efetivação de Fábio Carille. Apertado pela dívida crescente da Arena, o clube precisa ter os pés no chão. E isso exige ainda mais que o futebol tenha um projeto bem definido para não amargar novas frustrações.
|
|
Enquanto o Maraca não vem
|
|
Em compasso de espera pela decisão do Estado sobre o Maracanã – onde poderá ser parceiro do Flamengo – o Fluminense já decidiu que vai mandar no estádio do América, o Giulite Coutinho, em Edson Passos, seus jogos no Carioca. O baixo custo de operação pesou na decisão do Tricolor. Ontem, aliás, a comissão formada pelo governo para analisar o futuro do Maraca pediu mais 10 dias de prazo para apresentar seu parecer. Uma história que parece não ter fim e que, verdade seja dita, em meio ao caos financeiro em que o Rio está mergulhado, jamais foi tratada como deveria.
|
|
- O presidente Bandeira de Mello pede à torcida cautela sobre a contratação de Conca. Sinceridade rara, mas explicável. Ao tratar do tema, ele rasgou a fantasia de cartola e falou do seu trauma de torcedor. “Já sonhei com muitas contratações que não aconteceram depois”.
O primeiro jogo da Chapecoense em sua nova fase deve ser um amistoso contra o Palmeiras, dia 21 de janeiro, na Arena Condá. O confronto é emblemático para marcar o recomeço: o Palmeiras foi o último adversário da Chape antes da tragédia, quando o Verdão se tornou campeão brasileiro.
Pivô do rebaixamento da Lusa, o meia Héverton continua a colecionar confusões. Agora, foi detido em uma estrada de Goiás. Ao ser parado em uma blitz, o jogador, que em 2016 defendeu o XV de Piracicaba, apresentou a CNH adulterada e, de quebra, o certificado do veículo, vencido.
Rogério Ceni queria que o São Paulo vendesse ingressos a preços acessíveis no Paulistão. Algo como os R$ 10 do fim do Brasileirão, para lotar o Morumbi. Mas a ideia não vingou. Além da Federação exigir o preço mínimo de R$ 40, a diretoria financeira do cube acha que a medida teria impacto negativo no orçamento de 2017.
|
|
Com quantos milhões se faz uma liga? A apetite do futebol chinês não tem limites. Os jornais espanhóis afirmam que Tevez, contratado pelo Shangai Shenhua, vai receber R$ 10 milhões mensais de salário, superando Messi, Cristiano Ronaldo e Neymar, como o jogador mais bem pago do planeta. Oscar, que vai jogar no Shangai SIPG não fica muito atrás: serão R$ 8 milhões por mês. Isso tudo dá ibope. Pode atrair o público, numa fórmula parecida – porém bem mais gastadora – do que a Liga Americana vem tentando fazer. No entanto, não basta. Só o investimento na formação de jogadores locais poderá fazer o futebol chinês evoluir. Como o americano tem conseguido nos últimos anos. Isso é o que determinará se o gasto milionário é para valer. Ou apenas mais um desses brinquedinhos chineses.
|
|
Eduardo Tironi fala da euforia dos torcedores palmeirenses, algo que começou com o o título brasileiro e continua com as contratações de impacto que o clube faz para reforçar o elenco de 2017, com muito mais poder de fogo dos que os rivais.
|
|
Miro Neto comenta as rodadas de fim de ano da Premier League e a cultura inglesa de manter a bola rolando durante o período de festas, com jogos de alto nível técnico, mesmo na virada do ano. E com ótimo público prestigiando.
|
|
O Palmeiras, enxugando o elenco para abrir espaço às novas contratações, investe agora em exportações. O atacante Leandro deve ser emprestado para o Kashima Antlers, do Japão, e o River Plate, da Argentina, pode ser o destino de Allione, atropelando Vasco, Inter e Vitória que também queriam o jogador.
O Santos quer Marquinhos Gabriel de volta para a disputa da Libertadores. A diretoria do Peixe já abriu conversa com a do Corinthians. O jogador custou R$ 10 milhões ao Timão que não admite nada abaixo desse valor. A inclusão de jogadores santistas no negócio pode facilitar as coisas.
O São Paulo oficializou ontem a volta de Cícero, após quatro anos distante do Morumbi. O jogador teve o aval de Ceni para trocar de tricolores. Cícero só vai se apresentar nos EUA onde o time paulista vai disputar a Florida Cup.
O Guarani do Paraguai está pedindo um milhão de dólares pelos direitos de Hector Camacho, destaque do campeonato local e que interessa ao Santos. O valor foi considerado aceitável pelo Peixe que espera anunciar o jogador semana que vem.
A Ponte Preta fixou o valor para liberar o artilheiro do Brasileirão, Willian Pottker: R$ 10 milhões. O preço assustou o Corinthians, maior interessado, que pode desistir do negócio, ainda mais se vier a concretizar, como tudo indica, a contratação de Kazim, do Coritiba.
|
|
32
Este é o número de jogadores que a Chapecoense pretende ter em seu novo elenco. O clube já contratou sete reforços e promoveu seis juniores. Com Copa Libertadores, Brasileirão, Copa do Brasil, Primeira Liga, Catarinense e torneios e amistosos internacionais na agenda, a Chape pode chegar ao fim de 2017 com 91 jogos disputados. Um calendário pesado demais.
|
|
|
|