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Zé Love relata barreiras no exterior que impediram evolução no futebol

Atacante, que atua no Oeste, conta ao LANCE! das dificuldades enfrentadas nas equipes estrangeiras. Além disso, elogia atual camisa 10 da Seleção: 'Ser humano sensacional'

Zé Love
imagem camera(Foto: Divulgação / Santos)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 12/09/2018
21:49
Atualizado em 14/09/2018
07:00

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Muitos jogadores se destacam no futebol brasileiro, chamam atenção dos times estrangeiros e acabam sumindo do mercado. O meia-atacante, Zé Love, ex-Santos, Coritiba e Vitória, e atualmente no Oeste, é um desses casos, mas não foi por falta de esforço por parte do atleta. Ao LANCE!, Zé Love contou das barreiras enfrentadas nos clubes estrangeiros, principalmente na Itália, onde atuou pelo Siena e Genoa, e ainda foi emprestado ao Milan. Além disso, passou pela China e Emirados Árabes, onde se adaptou mais rápido, mas sem sequência.

- Fui vendido em janeiro para o Genoa, com o bom trabalho que vinha fazendo no Santos. Mas meu passaporte italiano não ficou pronto, e acabei voltando ao Peixe por empréstimo por mais seis meses. E foi onde tive o maior título da minha carreira, que foi a Libertadores. Na Itália, acabei me machucando por um mês, mas acabei ficando sete meses parado. Além disso, tive outros problemas, com empresário e o presidente do clube, que me proibiu por ser jogador do tal empresário - disse. 

- Depois fui emprestado ao Siena, e vinha fazendo um campeonato no início muito bom até novamente ter uma lesão, justo contra meu time que era o Genoa. Depois disso, retornei, mas continuei tendo problemas com meu empresário e o presidente do clube e fiquei treinando quase um ano em separado - completou.

Antes de chegar ao Santos e seguir com a série de empréstimos, o jogador começou no Palmeiras e foi bem precoce aos gramados, estreando coma apenas 16 anos. Porém, a pressão foi o fator muito grande para não continuar no Alviverde. 

- Cheguei a estrear com 16 anos pelo Palmeiras, na época o jogador mais novo a jogar profissionalmente pelo clube. Mas não tive muita cabeça para suportar tamanha mudança na vida e acabei sendo emprestado a outros clubes - contou. 

Já no Peixe e com muitos empréstimos na carreira, não faltou esperança para se estabilizar na equipe titular do time paulista. Zé Love comparou como se fosse o último prato de comida para conquistar ascensão no futebol.  

- Cheguei ao Santos em 2010. Não falo desacreditado, e sim com uma chance da minha vida , e creio que na época, e como surgiu, poderia ser a última, e tratei todos os dias, treinos e jogos como se fosse o último prato de comida - afirmou o jogador. 

'Na Itália, acabei me machucando por um mês, mas acabei ficando sete meses parado. Isto, por outros problemas, com o meu empresário e o presidente do clube'

Zé Love atuou ao lado do possível melhor jogador do mundo e atualmente camisa 10 da Seleção Brasileira, Neymar, em 2010. O meia-atacante destacou a forma do atleta do PSG, dentro e fora de campo. Segundo ele, muitos julgam sem conhecer a pessoa que é, e cravou que o astro da Seleção é especial para ele. 

- Atuar ao lado do Neymar simplesmente é um momento único, lógico que na época ele também estava surgindo, mas todos já sabiam do seu potencial e onde iria chegar. Fora de campo é um ser humano sensacional, amigo, ajuda muita gente e com certeza uma pessoa especial que todos deveriam conhecer esse lado, que tenho certeza que muitos não iam julgar como fazem. Ele é especial - elogiou.

Além de passagens por Santos e Palmeiras e pela Itália, Zé Love também passou por Coritiba, Vitória, Goiás, time da China e Emirados Árabes. No exterior, mais uma vez, não conseguiu um bom rendimento para se manter. Já no território brasileiro, teve mais chances de mostrar seu futebol. O clube baiano foi onde teve maior destaque. 

- Depois tive passagens pelo Coritiba onde até hoje sou muito querido. Na China, mas acabei voltando para o Goiás já para o final do segundo turno do Campeonato Brasileiro, e as coisas não andaram bem e infelizmente tivemos a queda. Depois, acabei indo para os Emirados Árabes, onde tive outra passagem muito boa, e depois cheguei ao Vitória, onde foi o lugar em que mais me adaptei e tive bom rendimento, tirando o time da Série B, fazendo um belo trabalho. O clube aprontou a renovação, que já estava na mesa, acabou melando, porque outra presidência assumiu e o mesmo técnico da época por um motivo meu e dele particular acabou me vetando. 

O atleta ainda passou pelo Figueirense. Entretanto, não foi com grande alegria no clube catarinense. Por ficar seis meses sem receber salário, preferiu rescindir seu contrato e entrar na justiça. Além de outros problemas que o jogador não pôde falar.  

- Estou sim em processo contra o Figueirense. Ninguém gosta de ir à justiça, mas infelizmente chega um momento que só resta esse recurso. Não fui dispensado, até porque eu tinha mais um ano de contrato, e sim acabei fazendo acordo, porque já estava quase seis meses sem receber. Além disso, outros problemas , e enfim que nem esse acordo eles cumpriram, como tinha sido desde o início de contrato - revelou. 

Zé Love - Oeste
Zé Love com a camisa do Oeste (Foto: Maércio Júnior/Oeste FC)

Nesta temporada, o jogador está vestindo a camisa do Oeste, que se encontra na Série B do Campeonato Brasileiro. A equipe rubro-negra está na 12ª posição, com 34 pontos e ainda sonha com o acesso. Zé Love não teve sequência, mas espera ajudar o time. 

- Estou muito feliz com tudo que vem acontecendo comigo aqui no Oeste. O clube me recebeu muito bem e vem me dando muita confiança para fazer um grande trabalho. Vou me dedicar ao máximo nos próximos meses para evoluir e para ajudar a equipe dentro e fora de campo na sequência da temporada - afirmou.

Com 30 anos, o meia-atacante não pensa em se aposentar em um clube específico. O jogador citou Coritiba, Santos e Vitória, como os principais. No clube baiano, ele salientou que seu ciclo ainda não terminou e que deseja retornar. 

- Pretendo me aposentar para onde Deus me guiar. Hoje, tenho três clubes, que admiro muito. O Santos, que é meu time de coração, o Coritiba em que fui muito feliz, e por fim, o Vitória onde penso que meu ciclo não terminou, sou apaixonado pelo clube e por sua torcida - concluiu. 

BATE BOLA COM ZÉ LOVE

UM CLUBE
Não tenho um time que torça especificamente. Santos, porque é time de infância, Coritiba pelo carinho e o Vitória, pois virou uma paixão!

GOL MAIS BONITO
Gol creio que tem alguns , mas um que fiz com atuando com a camisa do Goiás de bicicleta. 

PIOR PARTIDA DISPUTADA 
Na minha volta para o Santos, e também teve uma partida entre Vitória e Chapecoense, em que tive poucas chances. 

JOGADOR EM QUE SE ESPELHA
Olha me espelhar em um jogador, não me espelho, mas meu maior ídolo no futebol e no setor ofensivo, que é o ataque, é Ronaldo.

*sob supervisão de Leonardo Martins

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