Opinião: ‘Palmeiras é favorito no Dérbi. Vocês concordam?’

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Vamos bater um papo sobre os clássicos deste fim de semana? Então, vou começar com uma frase: "Esse elenco é melhor que o de 2017 e 2018". Não, eu não disse isso. Quem falou foi técnico do Corinthians, Fábio Carille. Mas como assim? Melhor? Ele explicou: 

– Falando no início do trabalho, eu não tenho dúvidas (que sim). É claro que falar depois do sucesso que teve em 2017 não tem como comparar. Mas, é uma equipe mais pronta. Eu lembro que o Balbuena era questionado, o Jô diziam que estava acima do peso, o Kazim chegou questionado. O elenco tinha muitos jogadores buscando o seu espaço e eu buscava o meu. Hoje, vejo jogadores com mais força, como o Sornoza, Ramiro, Manoel... No geral, é uma equipe mais equilibrada, e por isso é muito melhor que em 2017.

Vocês leram isso, certo? Foi uma análise feita pelo treinador corintiano durante essa semana. E depois da derrota acachapante de quarta-feira para o Red Bull Brasil, em plena Arena. O que dizer?

– Diferentemente dos outros anos, tem jogador chegando e saindo do DM (departamento médico), vai demorar mais. Em 2017, o único que chegou depois foi o Pablo. Em 2018, foi o Sheik. Agora estão chegando jogadores ainda. O Ralf fez o primeiro jogo no ano, tem outros para estrear e possíveis chegadas. Vamos demorar um pouquinho mais para definir a equipe.

É, pessoal, o que se fala um dia, já se esquece no outro e o discurso começa a ser mudado. O treinador corintiano até deu um jeitinho de justificar o péssimo começo de ano do Corinthians. E que pode ficar ainda pior a partir deste sábado. Por quê? O Timão de Fábio Carille vai entrar no Allianz Parque, com mais de 40 mil palmeirenses, para enfrentar o Verdão de Luiz Felipe Scolari. E nem a possível presença em campo de Vagner Love alivia para o Timão. Só se ele for milagreiro dos bons.

Existe aquele jargão, né, de que “em clássico não tem favorito”. Mas, especificamente, neste Dérbi, o Palmeiras é, sim, super, hiper, mega favoritíssimo, seja com o time A ou o time B. Tirando pelos jogos do Paulistão, está bem claro e, que me desculpem os torcedores da Fiel, o Corinthians ainda está mal das pernas em 2019, assim como terminou em 2018.

Porém, vamos fazer um alerta. Ser favorito demais pode complicar. Felipão terá que trabalhar bem à cabeça dos jogadores, que, com certeza, estão entalados com o título do arquirrival de 2018. Desta vez, vão querer passear no parque, não tenho dúvidas disso.

Carille, por sua vez, não pode querer medir força de igual para igual. Terá que jogar “pequeno”. Podem me atirar pedras. Mas essa é a verdade. Uma verdade atual, que pode ser mudada. Cabe ao Timão surpreender. Será?

Vamos pegar a ponte aérea para o Mané Garrincha

Pousamos no Rio, mas só para escala. Estamos indo para o Mané Garrincha. Neste clássico, sim, também neste sábado, não vejo favorito. Se o jogo fosse no Rio, aí apostaria muito mais no Vasco, que está dois passos à frente do Fluminense. Como a partida é no Mané Garrincha, em Brasília, o jargão usado acima está valendo, até porque não existe uma discrepância entre Vasco e Fluminense como acontece com Palmeiras e Corinthians.

Se bem que na capital federal tem muitos mais vascaínos do que tricolores. De qualquer forma, será um bom duelo, até porque vale o primeiro lugar do grupo na Taça Guanabara e, desta forma, evita-se um possível confronto com o Flamengo na semifinal.

Agora, uma ida rápida até a Vila Belmiro, Morumbi e General Severiano

O Santos de Jorge Sampaoli está jogando o fino do futebol. Tudo bem que é início de temporada, vão falar alguns, e que o Corinthians ou o São Paulo (que perdeu a segunda consecutiva) podem entrar nos eixos, que o Campeonato Brasileiro é que vai mostrar quem é quem... Sim, isso é até verdade.

Mas começar o ano com o pé direito e o time arrumadinho, já podendo sonhar com o título do Campeonato Paulista, é também gostoso. Que o digam os torcedores. Uma hora o Peixe vai ficar na areia da praia, mas os deslizes são comuns no futebol. O que não pode, no caso do Corinthians (e do Botafogo, já eliminado da Taça Guanabara) é fazer esse papelão. Sim, papelão! Como eu disse, podem atirar pedras. Mas verdade (e é verdade) é para ser dita. 
Até semana que vem, pessoal!