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Para deputado, sentença que anulou eleição de Caboclo é ‘oportunidade de fortalecimento da CBF’

Autor de representação ao Ministério Público pedindo invalidação de Assembleia Geral de 2017, Otávio Leite (PSDB-RJ) comentou decisão favorável na justiça

Otavio Leite - Deputado Federal (Foto: PSDB)
imagem cameraOtavio Leite vê decisão como positiva para o futebol brasileiro (Foto: PSDB)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 26/07/2021
21:27
Atualizado em 27/07/2021
00:57

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Autor da representação ao Ministério Público contra a Assembleia Geral da CBF que alterou as regras eleitorais da entidade, o deputado federal Otávio Leite (PSDB- RJ) afirma que a decisão da justiça de acatar o pedido e invalidar a eleição de Rogério Caboclo poderá resultar no fortalecimento da entidade que comanda o futebol brasileiro.

- Estou satisfeito, na qualidade de autor da proposta, que hoje é reconhecida como válida pela Justiça. É uma decisão que pode trazer o fortalecimento da CBF na medida que um novo momento será vivido, com eleição na qual participam clubes das Séries A e B e federações, como assim fixou a lei. É uma oportunidade de fortalecimento da instituição - declarou o parlamentar ao LANCE!

A sentença do juiz Mario Cunha Olinto Filho, da 2ª Vara Cível da Barra da Tijuca do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, tornou nula a Assembleia Geral que mudou o formato do colégio eleitoral da CBF. A decisão ainda nomeou os presidentes do Flamengo, Rodolfo Landim, e da Federação Paulista de Futebol, Reinaldo Carneiro Bastos, para o comando provisório da entidade por 30 dias - ambos ainda avaliam se irão aceitar a função. Para Leite, que foi relator do Profut, a transição elaborada pelo juiz é oportuna. 

- O juiz adotou um critério criativo, que oferece representatividade ao momento que se requer um comando provisório legítimo. É uma decisão que oferece legitimidade a um comando provisório, que precisa de respaldo nos clubes e na sociedade - afirmou o deputado Otávio Leite. 

A CBF alega que a medida "afronta a Constituição" e já anunciou que irá recorrer para tentar cassá-la - a decisão foi de primeira instância, ou seja, cabe recurso. 

A anulação da eleição é apenas mais um episódio da maior crise da história da CBF. Em maio deste ano, Caboclo foi acusado de assédio moral e sexual por uma funcionária da entidade e acabou sendo afastado do cargo pela Comissão de Ética do Futebol.

ASSEMBLEIA ALTEROU COLÉGIO E REGRAS ELEITORAIS

A assembleia geral da CBF tornada nula pela justiça aconteceu em março de 2017. Na ocasião, sem a presença dos clubes, foram definidas mudanças nas regras para as eleições da entidade.

O colégio eleitoral da CBF, que antes era restrito às 27 federações estaduais e aos 20 clubes da Série A, passou a incluir os 20 clubes da Série B.  Porém, foram atribuídos pesos diferentes para os votos dos integrantes, o que acabou por manter a concentração de poderes eleitorais nas mãos das entidades estaduais.

Os votos das federações passaram a ter peso 3, enquanto os clubes da Série A  ficaram com peso 2, e os clubes da Série B, peso 1. Ou seja, as federações acumularam 81 votos contra 60 dos clubes. 

Em um comunicado emitido á época, a CBF alegou que as federações ficaram com peso maior nos votos "porque representam milhares de clubes ausentes do processo eleitoral". 

* Sob supervisão de Valdomiro Neto 

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