Para Kalil, saída do Cruzeiro da Primeira Liga ajuda a CBF e é desastre comercial para os clubes
Diretor-Executivo da competição ficou surpreso com decisão do presidente da Raposa
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Diretor-Executivo da Primeira Liga, o ex-presidente do Atlético Mineiro Alexandre Kalil disse para a Rádio Itatiaia que recebeu a decisão do presidente do Cruzeiro, Gilvan de Pinho, de se desligar da entidade, com muita surpresa.
O dirigente se mostrou surpreso porque, segundo ele, o cruzeirense sempre deu muita importância para a união dos clubes.
- A saída de qualquer clube da Liga, com o tempo escasso que temos e com a competição que é tão bombardeada, serve apenas para dar força para quem está investigado pelo FBI como quadrilha. Isso ajuda os investigados e irá contra quem quer mudar o futebol brasileiro, esse é o problema. E eu não tive como não me surpreender. Há um tempo fui em uma reunião no Cruzeiro para me demitir por um motivo muito grave - minha família estava sendo agredida - e o Gilvan nem me deixou sentar e disse que tínhamos um compromisso com o futebol brasileiro e que eu não poderia sair. Agora, por um motivo menor, pois acho que ocorreu um mal-entendido, ele saiu.
Gilvan decidiu retirar-se da primeira edição da competição por ter se sentido traído ao não ter sido informado da eleição de Mário Celso Petraglia (com quem dividia a liderança da Liga) para a presidência da entidade em 2016.
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Kalil continuou comentando sobre a eleição e lamentou classificou a decisão do dirigente cruzeirense de "desastre comercial".
- Na minha opinião, teve um lado que trabalhou uma convocação e acabou ganhando. Os clubes sabiam da eleição com 15 dias de antecedência, mas ele ficou magoado. Aliás, eu nem votei, pois estatutariamente o executivo não vota. Falei para ele não sair e ficar com o Mário, pois se tratava de um motivo menor. Flamengo e Fluminense tentaram demovê-lo. Estamos trabalhando bem para fechar o acordo. Há um pool de TVs unidos de um lado e a outra emissora do outro, bem encaminhados. E uma saída do Cruzeiro comercialmente era um desastre.
Quando perguntado sobre o fato de o presidente da Liga necessariamente tem de ser um dos presidentes de clubes e Petraglia pode perder a eleição, deixando sem condições de permanecer no cargo, Kalil confirmou e minimizou a importância que vem sendo dada ao cargo de presidente.
- O mandato do Gilvan terminaria, pelo regulamento, no dia 31 de dezembro. Estatutariamente, eu tinha de fazer a nova eleição. Petraglia foi eleito e assume. Mas, caso não seja eleito presidente do Atlético Paranaense, ele terá de sair. Mas é importante observar que a presidência da Liga é um cargo menor e tudo pode ser revisto. O cargo importante é o de presidente de clube, e isso o Gilvan é no Cruzeiro, como o Bandeira é no Flamengo e por aí vai.
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