Presidente do Grêmio é aguardado em SP na segunda para assinar filiação à Libra
Clube gaúcho deve ser o 11º a integrar nova Liga Brasileira de Clubes
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Até então neutro nas negociações para tratar sobre a criação da Liga Brasileira de Clubes, o Grêmio deve ser o 11º integrante da Libra. O LANCE! apurou que o presidente do Tricolor gaúcho, Romildo Bolzan Júnior, é aguardado em São Paulo (SP) na próxima segunda-feira (16) para assinar a filiação ao grupo.
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A informação vem após duas movimentações importantes. Primeiro, o dirigente anunciou na última quinta-feira (12) que não concorreria a cargos públicos nas eleições deste ano e ficaria no comando do clube até o final do ano.
Em segundo, o Botafogo, agora SAF, anunciou nesta tarde que também aderiu ao bloco que já conta com todos os clubes paulistas da Série A além de Vasco, Flamengo, Cruzeiro e Ponte Preta.
A adesão do Grêmio à Libra é um importante passo para a Liga, visto que pelo estatuto da CBF, eles precisam de pelo menos 13 adesões (um terço dos 40 clubes que participam das séries A e B) para serem oficializados.
Até então, o bloco enfrentava resistência do outro grupo de clubes, o Forte Futebol, que conta com 23 integrantes e discorda da divisão de receitas proposta pela Libra no estatuto.
Com a entrada do Grêmio, somente Internacional, Atlético-MG, Guarani, Ituano, Novorizontino e Bahia permanecem sem apoiar nenhum dos dois lados.
O estatuto da Liga assinado pelos paulistas e o Flamengo prevê que 40% da receita seja dividida igualmente entre todos os participantes da competição, 30% de acordo com performance e outros 30% por engajamento. Esse último item é definido por critérios como média de público no estádio, base de assinantes de pay-per-view, número de seguidores e engajamento em redes sociais, audiência na televisão aberta e tamanho da torcida.
O Forte Futebol é contra alguns desses critérios de engajamento. E quer que seja reproduzida a divisão adotada na Premier League, da Inglaterra: 50% igualmente, 25% por performance e 25% da receita nos critérios de engajamento, que poderia ser rediscutida adiante.
O objetivo do Forte Futebol é reduzir a distância de receitas entre o último colocado e o campeão em no máximo 3,5 vezes. Pelo estatuto da Libra, essa diferença pode chegar a seis vezes.
Há discordância também em relação à Série B. No estatuto dos fundadores, há cláusulas que repassam de 15% a 20% do total arrecadado para a competição, isso em caso de queda de grandes. Os clubes da segunda divisão, contudo, querem 25% do bolo e parte do total ganho com direitos de TV.
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