Quatro meses após Puskas, Wendell Lira tenta jogar na Série D e fazer pé de meia
Jogador está em negociação com dois clubes da quarta divisão nacional
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Quando desembarcou em Goiânia após alcançar, em Zurique, na Suíça, a maior glória da carreira, Wendell Lira tinha em mente duas coisas: deslanchar como jogador e conseguir comprar uma casa própria. Quatro meses depois de receber da Fifa o prêmio pelo gol mais bonito da temporada 2015 (foi no dia 11 de janeiro), o atacante ainda continua em busca dos objetivos e também de um novo clube, já que não deu certo no Vila Nova na disputa do Campeonato Goiano.
Após conviver com os holofotes, ficar sem pré-temporada, lidar com lesões, poucos minutos em campo e, por consequência, seca de gols, Wendell teve contrato rescindido pelo Tigrão. O jeito foi buscar novas oportunidades no futebol, aos 27 ano, um momento que é visto como crucial para dar ou não prosseguimento à carreira.
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O empresário de Wendell, André Castilho, espera resolver no máximo até sexta-feira o destino do jogador - se é que vai haver algum que compense financeiramente. Dois clubes da Série D do Brasileiro estão na jogada. Um deles é o Altos, do Piauí, e outro é um clube do Sudeste, não revelado pelo agente.
- Temos que ser realistas. Não adianta procurar clube na Série A ou B - admite Castilho.
Wendell teve um começo de ano conturbado. Foram só nove jogos em campo, sendo apenas três como titular. As dificuldades do autor do golaço eleito como o mais bonito do ano passado. Além do tempo fora de forma, lesões musculares e até mesmo uma crise renal atrapalharam o desempenho. Por isso chegou ao fim o vínculo que iria até o final do ano. O LANCE! buscou contato com o presidente do Vila, Guto Veronez, mas ele, por questões éticas, preferiu não falar sobre o jogador.
Sobre o aspecto financeiro da carreira, Wendell ainda busca a chamada independência. Tudo bem que ele saiu do desemprego de 2015 para 2016, teve um aumento, mas nada que resolvesse a vida da família. O jogador começou o ano morando na casa dos sogros.
Houve muita badalação nos dias subsequentes à cerimônia em Zurique. Entrevistas, propagandas, aparições públicas. Mas apenas um contrato de patrocínio a longo prazo, com duração de um ano, firmado com um laboratório renomado.
O staff do jogador o aconselhou a recusar alguns convites para que o foco pudesse voltar a ser o futebol. Mas o jogador não emplacou e nem o aspecto financeiro. Wendell, portanto, vive um momento de reflexão da carreira. Se pintar algo que compense, ele está pronto para entrar de cabeça. Se não der, talvez aquela mesma comemoração de gol feita com a camisa do Goianésia que levou o atacante até a Suíça não se repita mais.
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