Seja pelo MP ou pela CPI do futebol, o cerco a Del Nero e Teixeira se fecha
Guilherme Isidoro, advogado especialista em direito desportivo, diz que, após o indiciamento dos dirigentes nos EUA, há muita chance de o processo de investigação também ter início no Brasil
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Guilherme Isidoro, advogado e especialista em Direito Desportivo, comenta sobre a atual situação e as possíveis consequências envolvendo Marco Polo Del Nero e Ricardo Teixeira, indiciados pela Justiça americana na última quinta:
É importante que a gente saiba que há duas investigações internacionais. Uma no FBI e a outra no Comitê de Ética da FIFA. A investigação da FIFA foi provocada através da CPI do futebol. Já no comitê busca a extradição do Del Nero, o que eu não vejo como possibilidade real. Ele nem o Ricardo Teixeira podem ser deportados, pois são brasileiros natos.
Acredito que o Ministério Público seria uma parte interessada para assumir essa investigação. A princípio, é uma situação complicada, porque o MP ainda não foi motivado. Através desses documentos do FBI, existe a possibilidade de ser instaurado um processo com a tentativa de chegar a uma solução e à prisão deles até mesmo aqui no Brasil, mas existe uma possibilidade de ser condenado e não ser preso. Se houver crimes federais o processo no Brasil seria conduzido pela Polícia Federal. No Brasil é difícil o processamento por corrupção privada. Seria preciso achar crimes tributários e lavagem de dinheiro, por exemplo.
Não posso precisar o tempo exato, mas através dessa CPI do Futebol, existe a possibilidade de ser instaurado um processo aqui no Brasil. Com o Del Nero e o Ricardo Teixeira envolvidos, há muita chance de dar sequência nesses processos. As instituições estão trabalhando de forma fantástica, esse é o motivo para o Del Nero não querer sair do país. Por isso, acredito que em cerca de oito meses a um ano já conseguimos chegar a um desfecho.
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