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Vem da Caixa! Confira quanto cada clube pode receber do banco

Patrocinador, que confirmou recentemente renovação com o Botafogo, investe em premiações para 2017 e aumenta teto em relação ao ano anterior. Confira!

Botafogo assina contrato com a Caixa
imagem cameraVítor Silva/SSPress/Botafogo
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 24/03/2017
14:28

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A Caixa Econômica Federal segue investindo pesado no futebol brasileiro. Nesta sexta-feira, o Botafogo confirmou a extensão do vínculo com o banco estatal e, assim como acontece no patrocínio nos outros clubes, o acordo está condicionado à bonificação por prêmios, especialmente segundo a visibilidade de competições. Até o momento, 15 clubes têm vínculo com o banco, e outros dois estão negociando a prorrogação de contrato.

O gestor de marketing e gestão esportiva, Amir Somoggi, critica a postura do banco estatal no mercado da bola. Confira abaixo!

COM A PALAVRA

'Patrocínios da Caixa atrapalham o futebol brasileiro'

AMIR SOMOGGI

Especialista em Análise Financeira da Academia LANCE!



As notícias que a Caixa intensificou ainda mais o domínio dos patrocínios aos clubes do futebol brasileiro são péssimas para nosso mercado. O banco estatal decidiu praticamente monopolizar os patrocínios nas camisas dos clubes brasileiros, com a justificativa de que isso é bom para sua marca. Lógico que é bom, afinal estamos falando do espaço mais nobre da mídia esportiva brasileira. Mas a questão aqui é outra.

Estes clubes que recebem os valores são devedores contumazes do fisco, tendo sonegado a vida inteira impostos e contribuições sociais. E aí vem a Caixa, banco público, cuja relação de poder com a presidência da república é total e os presenteia com dinheiro público! Um absurdo completo.

Qualquer pessoa sabe que Banco do Brasil e Caixa são completamente diferentes de Itaú, Bradesco e Santander por exemplo. Não há comparação. A Caixa vive em outra realidade, pois tem todas as benesses como recursos do FGTS, acesso a contratos e folhas salariais do governo, etc.

Outra questão são os valores pagos, muito acima do que o setor privado pagaria. Estranho, não? Em uma recessão absurda que vivemos, o banco estatal decide gastar uma fortuna para estar na camisa dos clubes mais importantes do futebol brasileiro.

Inflacionando o mercado, que anda para trás em termos de marketing esportivo. Como esperar que os clubes evoluam, se a Caixa os presenteia com mais dinheiro, que o setor privado não está disposto a gastar. Empresas públicas já mostraram ser absolutamente ineficientes, especialmente na comparação com o alto grau de exigência do setor privado.

Outro aspecto é que uma marca como Caixa dominando as cotas de patrocínio dos clubes simplesmente limita ações de ativação. Além de nunca ter feito nada até hoje com seus patrocinados, é óbvio que estar nas mãos de uma única empresa limita e muito o desenvolvimento de ações complementares para alavancar o patrocínio.

Seria melhor termos marcas diferentes em todos os clubes, cada uma ativando seus patrocínios. O mercado ganharia e muito. Para completar, a Caixa é uma marca que somente se importa com o mercado doméstico, não tem qualquer interesse de internacionalizar seu negócio.

Todos os clubes europeus que cresceram globalmente, o fizeram graças ao apoio de marcas patrocinadoras globais. A Caixa nunca vai fazer nada para ajudar os clubes a conquistarem novos mercados, afinal esse não é seu foco. Enfim, esse quase monopólio da Caixa é absolutamente maléfico para o desenvolvimento do marketing no futebol brasileiro.

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