Ricardo Teixeira descarta fuga após divulgação de relatório
Ex-presidente da CBF é incluído em documento divulgado na última terça. As investigações giram em torno da eleição da sede da Copa de 2022, mas citam acordos comerciais da CBF<br>
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Divulgado na última terça-feira pela Fifa, o longo e aguardado "Relatório Garcia" tem em Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF, um nome citado diversas vezes como sendo um dos beneficiários de vantagens indevidas durante o período de candidatura. Atualmente, o antigo cartola é réu nos Estados Unidos e investigado na Espanha.
Em entrevista à "Folha de São Paulo", Teixeira deu uma declaração bastante polêmica ao descartar a possibilidade de deixar o Brasil e, consequentemente, fazer uma delação premiadas nos EUA. Isso de deu após ele afirmar que o "Garcia Report", nome em alusão ao chefe da investigação, Michael Garcia, que presidiu a câmara investigatória do Comitê de Ética da Fifa.
- Tem lugar mais seguro que o Brasil? Qual é o lugar? Vou fugir de quê, se aqui não sou acusado de nada? Você sabe que tudo que me acusam no exterior não é crime no Brasil. Não estou dizendo se fiz ou não - disse Ricardo Teixeira, que também negou qualquer ligação com Sandro Rosell, antigo presidente do Barcelona e, atualmente, preso na Espanha pela suspeita de receber propina na exploração dos amistosos da Seleção.
- Não existe esse acordo. É ridículo dizerem que telefonei para o Sandro [Rosell, ex-presidente do Barcelona, preso na Espanha acusado de dividir propina com o brasileiro] combinando um lugar para morar. Quero ver a gravação - afirmou.
Cabe ressaltar que Ricardo Teixeira é acusado pelo FBI e pela Justiça da Espanha de receber propina na venda dos direitos da Seleção Brasileira, além de torneios em nosso país e no continente sul-americano. Em tempo, segundo relatos, o ex-mandatário da CBF recebeu regalias em amistoso da Seleção no Qatar - país que viria a ganhar o direito de sediar o Mundial de 2022.
CONFIRA OUTROS TRECHOS DA ENTREVISTA
RECEBEU PROPINA?
Repito o que disse há três anos. O voto no Qatar foi um acerto dos sul-americanos para apoiar a candidatura conjunta da Espanha e Portugal (ao Mundial de 2018). No acordo, o Qatar daria os votos dos eleitores deles para a Espanha, que acabou ficando em segundo. Em troca, daríamos os nossos para o Qatar. Não teve dinheiro e nem confusão com a CBF. Não existe contrato da CBF com o Sandro (Rosell).
LEU O RELATÓRIO?
Não li. Não vou ler um relatório que não é conclusivo. Tudo é "se", "teria". Ele falou que levei dinheiro aqui ou ali. É só teria. Ele disse que recebi? Deixa eu dizer uma coisa para você entender: não recebi presente, não recebi presente!
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