Wendell Lira garante não ter ficado ‘um segundo sem o troféu’ do Puskás
Após recepção no Aeroporto Santa Genoveva, atacante marcou presença na sede do Vila Nova para, novamente, ser exaltado pelo feito conquistado na última segunda-feira
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A recepção na tarde desta quarta-feira no Aeroporto Santa Genoveva foi repleta de carinho para Wendell Lira. Sobrou emoção para o atacante, que ostenta o prêmio Puskás de gol mais bonito da última temporada desde a última segunda. E após ser recebido com festa no aeroporto, foi a vez de ser ovacionado na sede do Vila Nova, no Onésio Brasileiro Alvarenga, e garantir, por exemplo, que foi difícil ficar distante do troféu recebido na festa de gala da Fifa.
Aplausos e mais aplausos tomaram conta do OBA na chegada de Wendell, que só não ganhou carreata até a sede do Colorado por conta da chuva. O atacante posou para fotos ao lado da família na sacada da sede e recebeu mais aplausos pelo feito conquistado.
Em nova coletiva e ostentado camisa e boné do Vila, Wendell voltou a falar sobre o momento que só pode ser comparado ao do nascimento de Marcela, sua filha hoje com dois anos e que o acompanhou em nova conversa com a imprensa.
Orgulhoso do feito conquistado após ter superado Messi e Florenzi, os outros finalistas do Puskás, Lira revelou que não "abandonou" o troféu desde que o recebeu das mãos do japonês Nakata. Troféu que viajou da Suíça até Goiânia passando por Lisboa e São Paulo nas suas mãos.
– Não fiquei um segundo sem o troféu. Não despachei, fiquei com medo. Foi bem cansativo, tem dois dias que não durmo. Não queria dormir para não acabar o momento. Quis ficar ao lado do troféu – destacou o atacante.
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Receber o troféu das mãos de Nakata não foi uma tarefa simples, segundo o jogador. Ele precisou ser "encorajado" pela esposa Ludymila.
– Naquele momento eu achei que ia desmaiar. Minha esposa falou para eu respirar. Quando o Nakata anunciou meu nome, respirei fundo e consegui ir lá – disse Lira.
Wendell sabe que seu status no futebol mudou, algo que começou a acontecer desde que foi indicado junto de outros nove atletas, ainda em novembro do ano passado. O fato de ser sido finalista e, depois, vencido o Puskás garantiu a certeza de que ele precisará se dedicar ainda mais após ter ficado em evidência.
– Isso me faz crescer. Vou treinar mais. Quero estar muito mais preparado – destacou o jogador, que voltará aos treinos nesta quinta e ciente da responsabilidade que terá pelo Vila:
– Futebol é minha vida. Vamos montar um programa de treinamento. O Vila precisa conquistar títulos mais do que eu.
SONDAGENS DE OUTROS CLUBES E GRATIDÃO AO VILA NOVA
Contratado pelo Vila Nova antes de concorrer ao Puskás, Wendell Lira garante já ter tido sondagens de clubes da Europa e Ásia antes mesmo de estrear pelo Colorado, o que deverá acontecer em 31 de janeiro, contra o Goiás, clube que o revelou. Seu pensamento, no momento, é ter a oportunidade de defender o clube, mas não descarta uma negociação:
– Meu foco principal é ter minha casa. Creio que posso render mais. Se aparecer alguma coisa boa para mim e para o Vila Nova a gente pensa – disse Lira, antes de exaltar o Colorado:
– Agradeço muito ao Vila Nova. Tudo que eu puder fazer para esse clube fazer eu farei. Um clube dessa grandeza chegar à Série A será muito bom.
DISCURSO APÓS RECEBER O PUSKÁS
O discurso de Wendell após receber o Puskás – citando Davi e Golias – chamou a atenção. Segundo o jogador, tais declarações foram um desabafo.
– Foi o desabafo da minha vida, mas acho que de todo mundo também. Muita gente passa dificuldade. Já fui humilhado. Às vezes mesmo sendo pequeno você tem que fazer o que acha que é certo. O Romerito (atual técnico do Goianésia e ex-companheiro de Lira no clube) falava que eu era um cara do bem, trabalhador. Falava que minha hora ia chegar. Aprendi muito – disse o atacante, antes de completar:
– Quando você faz as coisas de coração, as coisas fluem naturalmente. Eu estava muito nervoso. Não sabia o que falar. Mas Deus colocou as palavras na minha boca. Acabou que muita gente ficou perplexa, impressionada, mas nem sabia que teria uma repercussão tão grande como essa.
O fato de Wendell ter conquistado o Puskás foi possível após diversas correntes terem sido criadas para que ele pudesse ser eleito. E o jogador agradeceu:
– O brasileiro tem esse dom de querer o bem do próximo. Milhares de pessoas que não me conheciam me deram apoio.
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