Abriu a roda e sobrou: os méritos do massacre do Flamengo no Maracanã
Em jogo muito aguardado desde o início deste Brasileiro, o time de Jorge Jesus pôs o de Felipão, em frangalhos nos aspectos técnico e tático, na roda: 3 a 0 e liderança mantida
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O Flamengo não tomou conhecimento do Palmeiras. Aliás, o Flamengo tomou conhecimento da força do Maracanã e de sua ótima fase. Neste domingo, o time de Jorge Jesus venceu o Palmeiras por 3 a 0, num estádio lotado e em êxtase, com gols de Gabigol (2) e Arrascaeta, pela 17ª rodada do Brasileiro.
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O resultado foi de impressionar. A soberania rubro-negra, vista durante quase toda a peleja, ainda mais. O time de Felipão ficou na roda e escancarou um abismo em relação às atuais fases das equipes. Confira aspectos marcantes do massacre do Flamengo, que voltou ao topo da tabela com o triunfo.
GERSON E A ESCOLHA PELA LEVEZA
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Este jogo foi o primeiro após a despedida de Cuéllar. A dúvida pairava: como Jesus escalaria a equipe para um duelo desta magnitude? O treinador demonstrou coragem e, apesar do jogo pegado e decisivo, optou por Willian Arão como primeiro volante e Gerson, que herdou a camisa 8, como segundo.
Gerson trouxe mobilidade ao setor, que conseguira penetrar sem muito esforço a segunda linha de marcação do Palmeiras, cuja estratégia, desde o apito inicial, era a de pressionar a saída de bola. Junto a Rafinha, Gerson foi quem mais participou do primeiro tempo, marcado pela leveza do meio-campo e constantes trocas de posicionamento na fase ofensiva.
SOBERANIA DE IMPRESSIONAR
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Por falar no sufoco inicial do Verdão, o Flamengo levou um gol por conta disso, ainda nos primeiros minutos. O lance foi anulado pelo VAR e fez o time de Jesus assumir o controle da partida. Para chegar à meta de Weverton, o Rubro-Negro repetiu o que vinha fazendo nos últimos jogos e, com toques curtos e mobilidade, marcou o primeiro, com Gabigol, em lindo passe de Arrascaeta.
A partir daí, a partida foi um monólogo. Diego Alves só voltou a trabalhar nos acréscimos, em jogada de impedimento. Até lá, o Flamengo deixou o Palmeiras nas cordas com "golpes" de todos os lados, repertório e efetividade. Foram quase 300 passes certos trocados e cinco boas chances. E, em mais uma delas, Bruno Henrique cruzou na medida para Arrascaeta: outra bola na rede.
UM TRIO IMPARÁVEL
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Gabigol, Bruno Henrique, Arrascaeta... É chover no molhado elogiar o trio? Sim, mas é inevitável, ainda mais que as estrelas voltaram a brilhar em um confronto importante. E lá se vão os números relevantes "engordados" neste domingo: Gabigol chegou a 14 gols no Brasileiro, Bruno Henrique a 19 gols e a 13 assistências no ano e Arrascaeta a sete assistências e a 12 gols em 2019.
Contra os paulistas, Gabigol marcou o seu segundo de pênalti. E impressiona o fato de já ter 28 gols na temporada, superando a sua marca mais artilheira da carreira, que havia sido em 2017, pelo Santos. Isso com 14 jogos a menos.
ABRIU A RODA
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Era natural esperar um cenário diferente no segundo tempo. Felipão ainda tentou dar mais agressividade, com Gustavo Scarpa na vaga de Matheus Fernandes, porém não surtiu efeito. O seu time seguiu sucumbindo à proposta de Jorge Jesus, que teve o mérito de "abrir a roda" e não recuar as linhas.
O Flamengo manteve a postura e não deixou de ter o controle das ações. O Palmeiras não conseguira agredir e muito menos impedir as investidas dos mandantes. A torcida do Flamengo, por exemplo, começou a cantar "olé" e a pedir "mais um" ainda com 20 minutos do segundo tempo. Atuação de gala.
MISTER É RECONHECIDO
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"Olê, olê, olê, Mister, Mister". As arquibancadas, em uníssono, passaram a cantar para enaltecer Jorge Jesus, reconhecendo o trabalho e a contribuição que o técnico português tem dado ao futebol brasileiro. Intensidade sem a bola e futebol vistoso são uma tônica deste Flamengo, cada vez mais encorpado.
Além disso, o Flamengo conseguiu manter um feito admirável: em oito jogos no Maracanã neste Brasileiro, foram oito vitórias. Ou seja, um 100% de aproveitamento essencial para o merecido topo do Brasileirão.
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