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O blefe, o curinga e o rei: fatores marcantes na vitória do Flamengo

Rubro-Negro abriu ótima vantagem pela partida de ida das quartas da Libertadores, vencendo o Internacional por 2 a 0, com gols de Bruno Henrique 

Flamengo x Internacional
Flamengo venceu com autoridade o jogo de ida das quartas (Foto: MARCELO DE JESUS / RAW-IMAGE)

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O Flamengo fez a sua parte. Aliás, muito bem feita. Nesta quarta-feira, diante de mais de 60 mil torcedores no Maracanã, o time de Jorge Jesus superou o clima de tensão e a sólida defesa colorada e venceu por 2 a 0, com gols de Bruno Henrique, pela ida das quartas de final da Libertadores. 

O placar foi justo, mas os gols só saíram na reta final da partida, depois de um Inter disposto a picotar as jogadas. O LANCE! recortou cinco fatores que marcaram a eletrizante peleja de ida - a volta, cabe destacar, será quarta-feira que vem (28), no Beira-Rio. Teve espaço para blefe, rei e curinga... Confira: 

DE BLEFE À ESPERANÇA

Flamengo x Internacional
Gabigol iniciou jogando após 'susto' (Foto: Alexandre Vidal / Flamengo)

A lista de relacionados de Jorge Jesus, divulgada na tarde da última terça-feira, não contava com Gabigol, o que, como não poderia ser diferente, causou uma tremenda preocupação na torcida. O clube havia informado que ele sequer iria para o banco por conta de um desconforto na coxa esquerda. Era "blefe".

Gabigol foi ao jogo, sem contratempos, e ficou como a principal referência no ataque rubro-negro. Muito acionado por dentro, principalmente por Éverton Ribeiro, que também caíra pelo setor, recuado, o camisa 9 demonstrou a sua capacidade de armar jogadas e de arrematar. Teve a melhor chance na etapa inicial, já no fim, porém foi travado por Cuesta, no limite. 

JOGO DE XADREZ

Flamengo x Internacional
Inter marcou muito (Foto: Alexandre Vidal & Marcelo Cortes / CRF)

O blefe existiu, porém o cenário da partida foi roteirizado como um típico jogo de xadrez. O Inter soube mexer cada peça em prol de uma marcação consistente e a fechar espaços, pelos lados, com ótimas coberturas de Patrick e Edenílson, e por dentro, evitando que Éverton girasse e pensasse as ações.

O Flamengo não conseguia transformar a sua alternância no ataque em pressão no último terço de campo. Tanto que a torcida do Flamengo não chegava a emendar vibrações eufóricas. O clima de tensão era evidente: vinha sendo ponto para o sistema defensivo e a estratégia do Colorado. 

PROVOCAÇÕES A GUERRERO

Flamengo x Internacional
Guerrero levou amarelo (Foto: Alexandre Vidal & Marcelo Cortes / CRF)

Depois de uma saída conturbada, Paolo Guerrero enfrentou o Flamengo no Maracanã pela primeira vez, como jogador do Internacional. A torcida rubro-negra não perdoou e o vaiou, e xingou, a cada toque na bola e dividida. 

As provocações marcaram a partida, ainda mais quando o peruano levou cartão amarelo após dura entrada em Rafinha. Ao seu estilo, esbravejou e reclamou a todo instante com a arbitragem. O gol, contudo, não rolou. 

O CURINGA FOI IMPORTANTE

Flamengo x Internacional
Gerson foi determinante (Foto: Alexandre Vidal & Marcelo Cortes/ CRF)

Pegou de surpresa a escalação inicial. E não foi a escolha por Gabigol, já que a comissão técnica sempre trabalhou com a hipótese de sua escalação. Mesmo em ótima fase, Gerson foi opção no banco de reservas e só foi acionado depois do intervalo, após Arrascaeta, que estava em outra sintonia por conta de uma gastroenterite, sair de campo. 

Gerson passou a atuar mais pelo corredor direito - o que mais funcionou na etapa inicial. O camisa 15 cumpriu bem a função defensiva e, como válvula de escape em saídas em velocidade, foi essencial para a transição. Aliás, foi com a sua assistência que Bruno Henrique completou para a rede, pela primeira vez. Ele ainda encaixou bons lançamentos. Entrou para fazer a diferença. 

REI TAMBÉM DOS CLÁSSICOS NACIONAIS 

Flamengo x Internacional
Bruno soma 18 gols pelo Fla (Foto: MARCELO DE JESUS / RAW-IMAGE)

Já aclamado como "Rei dos Clássicos", já que marcou oito com gols em dez jogos diante de rivais cariocas, Bruno Henrique estava fazendo uma partida discreta até a segunda metade da etapa final. Mas a coroa foi mantida - já que o camisa 27 vinha de protagonismo contra o Vasco. 

Sob os olhares de Tite, presente no Maracanã, Bruno Henrique marcou dois gols em um intervalo de quatro minutos (aos 29' e 33') e voltou a decidir, ratificando o merecimento de sua convocação. Vitória merecida da equipe que mais buscou o gol e não abriu mão de suas características para triunfar. 

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