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Éder Militão pode se tornar o 28º brasileiro a vestir a camisa do Real Madrid

Segundo a imprensa espanhola, o clube de Madrid por pagar R$ 212 milhões pelo lateral que hoje atua no Porto

Porto x Schalke 04 - Militão
imagem cameraMilitão tem sido um dos destaques do Porto na temporada (AFP)
Dia 17/01/2019
17:40
Atualizado em 17/01/2019
19:19

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O Real Madrid está bem próximo de anunciar mais um brasileiro para a sua galeria de jogadores nascidos no país. De acordo com a imprensa espanhola, a equipe de Madrid é a favorita para contar com o lateral-direito Éder Militão, ex-São Paulo, que vem defendendo o Porto, de Portugal. O valor da transação pode chegar a R$ 212 milhões, se concretizada.

Caso o negócio seja fechado, Militão se tornará o 28º brasuca contratado pelo Real em toda a sua história. No atual elenco, o técnico Santiago Solaria já conta com outros três atletas do país: o lateral-esquerdo Marcelo, o volante Casemiro e o atacante Vinícius Junior. 

O PIONEIRO

Fernando Giudicelli - Real Madrid
Fernando Giudicelli foi o 1º brasileiro no Real (Foto: Reprodução)

A história dos brasileiros no Real Madrid começa em 1935, com a chegada de Fernando Giudicelli ao clube. Revelado pelo América-RJ e com passagem or Fluminense e Seleção Brasileira, tendo disputado a Copa do Mundo de 1930, o meia-atacante foi o pioneiro do país.

A passagem de Giudicelli por Madrid, porém, seria curta. O jogador disputou apenas uma partida oficial pelo clube e não chegou a balançar as redes. No ano seguinte, se transferiu para o futebol francês, onde encerou a carreira.

OS PRIMEIROS CRAQUES

Evaristo de Macedo - Real Madrid
Ídolo do Barça, Evaristo também brilhou em Madrid(Foto: Reprodução)

Se Giudicelli foi o primeiro brasileiro a atuar com a camisa do Real, Didi foi o craque inicial. Campeão do mundo com a Seleção em 58, o meia trocou o Botafogo pelo Madrid no ano seguinte. Junto dele, Canário, outro com passagem pelo América do Rio. Didi deixaria o clube cedo, mas o atacante participaria das conquistas de uma Champions no início dos anos 60 e duas ligas espanholas.

No último título de Canário pelo Real, na temporada 62/63, o atacante teria a companhia de outro brasileiro: Evaristo de Macedo. Ídolo e um dos maiores artilheiros da história do Barcelona, o ex-rubro-negro participou de 19 jogos e marcou 6 gols, se sagrando bicampeão espanhol, vencendo também em 63/64.

O RETORNO BRASILEIRO APÓS QUASE 30 ANOS

Ricardo Rocha - Real Madrid
Ricardo Rocha atuou no Real entre 91 e 93 (Foto: Divulgação)

Entre a saída de Evaristo, em 1964, e a chegada de um outro brasileiro ao clube passaram-se 27 anos. Após o futebol italiano abrir suas portas para o Brasil, no fim dos anos 80, chegou a vez da Espanha também expandir suas buscas. Em 91, Ricardo Rocha deu início a longa geração de brasucas que passaria a defender o clube.

O zagueiro atuou ao lado de nomes como Hagi, Zamorano e Hugo Sánchez, até retornar ao Brasil para defender o Santos, em 93. Antes disso, o Real ainda contrataria o lateral-direito Vítor, multicampeão com o São Paulo. O defensor, no entanto, atuaria apenas pelo time B de Madrid.

LEGIÃO BRASILEIRA

Roberto Carlos - Real Madrid
Roberto Carlos é um dos maiores ídolos do clube (Divulgação)

Da metade dos anos 90 para frente, o Real Madrid se tornaria uma verdadeira legião brasileira. O maior expoente deste período foi o lateral-esquerdo Roberto Carlos, multicampeão pelo clube e dono da expressiva marca de 527 partidas e 68 gols marcados.

Ao todo, outros seis brasileiros seriam contratados entre 1996 e 2000: o zagueiro Júlio César, o volante Flávio Conceição, os meias Zé Roberto e Rodrigo Fabri e o atacante Sávio.

A PRIMEIRA ERA 'GALÁCTICA'

Ronaldo - Real Madrid
Ronaldo marcou época no Real (Divulgação)

O sucesso brasileiro, principalmente de Roberto Carlos e Sávio, abriria ainda mais portas no clube a partir dos anos 2000. Com Florentino Pérez na presidência, inciou-se a chamada primeira 'era galáctica'. Após contratar Figo e Zidane, o Madrid apelou mais uma vez para o talento brasileiro, e trouxe Ronaldo, que, assim como Evaristo, já havia brilhado em Barcelona.

O Fenômeno marcaria 104 gols em 177 jogos pela equipe entre 2002 e 2007. Neste período, receberia ainda a companhia de outros quatro brasileiros: Cicinho, Julio Baptista, Robinho e Emerson. O quarteto, porém, não teria o mesmo sucesso do camisa 9.

A SEGUNDA ERA 'GALÁCTICA'

Kaká custou ao Real Madrid a cifra de 65 milhões de euros
Kaká não repetiu o futebol do Milan (Foto: AFP/ODD ANDERSEN)

A segunda 'era galáctica' iniciou com um outro brasileiro como expoente: Kaká. Melhor do mundo vestindo a camisa do Milan, da Itália, o meia chegou ao Real junto com Cristiano Ronaldo para iniciar uma nova supremacia madridista no futebol europeu. O desempenho do apoiador, porém, seria abaixo do esperado.

Na época, o Madrid já contava também com outros dois brasileiros: o lateral-esquerdo Marcelo e o zagueiro Pepe, naturalizado português, que desde 2007 defendiam o clube. Ambos, porém, teriam vida mais longa no time que Kaká, até então, a grande aposta brasileira.

OS ANOS 10

Casemiro - Real Madrid
Casemiro chegou ao clube em 2013 (Divulgação)

Após a contratação de Kaká, em 2009, o Real Madrid voltaria a se reforçar com brasileiros apenas em 2013. E em larga escala. De uma só vez, a equipe contratou três jovens promessas: Fabinho, hoje no Liverpool, o ex-são-paulo Casemiro e o centroavante Willian José. Só o volante, porém, se firmaria no clube.

Dois anos depois, em 2015, mais duas apostas brasucas: o meia Lucas Silva, ex-Cruzeiro, e o lateral Danilo, hoje no Manchester City, da Inglaterra. 

O ELENCO ATUAL

Vinicius Jr. - Real Madrid
Vinícius Jr foi o último brasileiro a chegar (Foto: GABRIEL BOUYS/AFP)

Em 2019, o elenco madridista já conta com três brasileiros. Além do lateral-esquerdo Marcelo, que desde 2007 defende o clube, e o volante Casemiro, na equipe desde 2013, o clube passou a contar também com o atacante Vinícius Jr, de apenas 18 anos. O jovem chegou a equipe no 2º semestre do ano passado, e aos poucos vai se firmando entre os titulares.

Caso Éder Militão seja confirmado como novo reforço, fechará um novo quarteto verde amarelo do Real. Uma quantidade expressivo de atletas nascidos no país, mas que a história mostra não ser tão incomum assim. 

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