Medina, gringos e ‘plástico zero’… as razões para ver o WQS de Noronha
Primeira etapa da divisão de acesso ao WCT começou nesta terça-feira e terá a presença do bicampeão mundial, promessas do esporte e até política de preservação ao meio ambiente
- Matéria
- Mais Notícias
O Hang Loose Pro Contest, em Fernando de Noronha, começou nesta terça-feira com diversos motivos para o público ficar ligado na competição, que dá largada para a temporada do WQS, a divisão de acesso ao Circuito Mundial de surfe (WCT). Dentre eles, a presença do brasileiro mais badalado do esporte.
A etapa, que rende 6.000 pontos ao campeão, oferece premiação total de US$ 130 mil (cerca de R$ 482 mil). A vitória vale US$ 20 mil (cerca de R$ 74 mil) e toda a competição será transmitida ao vivo pelo www.worldsurfleague.com.
PRESENÇA DE MEDINA NO PRIMEIRO EVENTO APÓS O BI
Relacionadas
Bicampeão mundial (2014 e 2018), Gabriel Medina é a maior atração do evento. O WQS de Noronha servirá de aquecimento para o paulista, que vem de um período de férias desde a conquista do último título, antes do Circuito Mundial. A abertura da temporada acontecerá em abril, em Gold Coast, na Austrália.
Na última vez em que esteve na competição, em 2012, ainda antes de se sagrar campeão do mundo, Medina terminou apenas em nono lugar. Hoje, é favorito.
PRESENÇA DOS GRINGOS
Fernando de Noronha voltou a receber o evento depois de 12 anos, e atraiu gente de diversas nações. Uma legião de estrangeiros aumentou o nível da etapa brasileira do WQS. São 73 brasileiros inscritos, contra 63 surfistas de outros dezenove países.
Alguns exemplos são o americano Eithan Osborne, que se classificou em segundo lugar para a próxima fase, superando o havaiano Cole Alves e o brasileiro Daniel Ostrowski. Eithan ganhou a primeira etapa da temporada em Israel, mas já perdeu a liderança no ranking do WSL Qualifying Series para o australiano Jack Robinson, campeão do outro evento com o mesmo status QS 3000 em Pipeline, semanas atrás no Havaí. Outro destaque é o português Miguel Blanco, que também avançou nesta terça. Ele fez um tubo quase perfeito que valeu a segunda maior nota da terça-feira: 9,07.
UMA NOVA GERAÇÃO QUER MOSTRAR A CARA
Nomes da nova geração brasileira já começaram a se destacar e prometem ir longe em Noronha. É o caso do paraibano Samuel Igo, que ganhou a primeira nota 10 nos tubos da Cacimba do Padre nesta terça-feira. O potiguar Mateus Sena, de apenas 16 anos, também mostrou talento ao se classificar em segundo lugar em sua bateria. ele enfrentará na segunda rodada Gabriel Medina. O duelo deve acontecer nesta quarta-feira. Outro na briga, que entra em ação nesta quarta, é o campeão mundial júnior Mateus Herdy.
POLÍTICA DO 'PLÁSTICO ZERO'
Por decreto assinado em dezembro do ano passado, a Fernando de Noronha passará, a partir de abril, a proibir venda e uso de itens de plástico descartável, como canudos, talheres, copos e sacos, como forma de diminuir a quantidade de lixo. O evento não é organizado pela Liga Mundial de Surfe (WSL), mas a entidade também já vem implementando a política do "plástico zero" em todos as etapas que promove desde o início da temporada.
CHANCE PARA QUEM CAIU INICIAR O CAMINHO DA VOLTA
O Hang Loose Pro Contest é só o primeiro dos eventos distribuídos durante a ano com o intuito de selecionar os 10 melhores surfistas para substituírem os rebaixados na elite da modalidade, ao final da temporada. São os casos do catarinense Tomas Hermes, do pernambucano Ian Gouveia e do paulista Caio Ibelli, que não conseguiram se manter. A etapa em Noronha é classificada como “6.000”, segundo lugar na escala de importância. Só perde para o 10.000.
DRONE PARA DETECÇÃO DE TUBARÃO
Após um surfista ser mordido por um tubarão na semana passada, justamente na praia da Cacimba do Padre, em Fernando de Noronha, palco do Oi Hang Loose Pro Contest, que começa nesta terça-feira, os organizadores resolveram reforçar a segurança dos 136 atletas de 19 países. Por isso, foram providenciados drones para detecção dos animais.
– Vou seguir um protocolo que é ter gente do Corpo de Bombeiros, jet-ski na água e um especialista em drone para monitorar a área do campeonato por precaução. A gente está sem medo nenhum. Os surfistas locais, habituados, estão sem medo também, pois a gente sabe que foi um incidente. Está tudo coordenado – disse Álfio Lagnado, diretor-executivo da Hang Loose.
Mais lidas
Newsletter do Lance!
O melhor do esporte na sua manhã!- Matéria
- Mais Notícias