Tem força para a final? Gremistas campeões da Libertadores exaltam atual elenco
Vencedores continentais em 1983 e 1995 apontam solidariedade e concentração como alguns dos aspectos da equipe que buscará o tricampeonato diante do Lanús
A confiança de que o Grêmio tem condições de surgir como um forte candidato ao título da Copa Libertadores marca os ídolos que já se sagraram campeões em outras edições. Em entrevista ao LANCE!, ex-jogadores do Tricolor gaúcho apontaram que a atual equipe se assemelha às campeãs continentais em 1983 e 1995.
Autor do gol do jogo de ida da final, contra o Peñarol, Tita crê aponta que Renato Portaluppi conseguiu deixar a atual equipe com um trunfo a mais do que na Libertadores de 1983:
- É claro que hoje é outro futebol, com mais velocidade. Mas acho o atual time do Grêmio mais entrosado e com jogadores que tratam melhor a bola, enquanto a gente ia mais na raça mesmo.
Outro vencedor de 1983, Mazaropi crê que a presença de seu antigo companheiro, Renato Portaluppi, ajudou em outro ponto:
- O foco do grupo, dá para ver que a equipe chega à decisão bem concentrada. Além disto, o Grêmio tem no comando do grupo uma pessoa que viveu isto, que conhece as dificuldades da Libertadores e, certamente, vai ajudar os jogadores.
Zagueiro campeão da edição de 1995, Rivarola vê uma equipe unida e com qualidade em todos os setores:
- É um time bem compacto, unido e muito completo. O (Marcelo) Grohe lembra muito o jeito do Danrlei. A zaga é muito forte e, nos outros setores, traz jogadores de qualidade, como Arthur, Luan, Lucas (Barrios), que é um grande finalizador.
O paraguaio ainda brinca com uma "coincidência" que pode ser boa para os supersticiosos:
- De novo, o Grêmio tem um zagueiro estrangeiro. O Kannemann tem muita qualidade, já comprovou isto. Em 1983, o Hugo de León era o estrangeiro da zaga, em 1995, fui eu. Quem sabe, não é um presságio? (risos)
Para Luiz Carlos Goiano, a união conseguida com o Tricolor gaúcho de Luiz Felipe Scolari voltou a aparecer em 2017:
- Vejo o Grêmio atual muito solidário em formar uma equipe vencedora. Especialmente porque, no Rio Grande do Sul, há esta mobilização para "fechar o grupo", e ter o grupo na mão contribui bastante para o trabalho do Renato (Portaluppi) se desenvolver. É uma sensação de união, de que um joga por todos.
A partir desta quarta-feira, o Tricolor gaúcho busca honrar as expectativas de ídolos continentais e de sua torcida.