Investigação de suposta injúria racial de Rafael Ramos contra Edenilson terá perícia de leitura labial
Delegada que conduz o caso informou que fala de lateral do Corinthians passará por avaliação técnica
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A Polícia Civil de Porto Alegre solicitou uma perícia da leitura labial de Rafael Ramos, do Corinthians. O lateral foi acusado de injúria racial por Edenilson, do Internacional, em partida do último sábado, no Beira-Rio, pelo Campeonato Brasileiro. O meia do Colorado declarou que foi chamado de 'macaco' pelo adversário.
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Delegada responsável pelo caso, Ana Luiza Caruso, deu a informação ao 'ge'. Segundo ela, já existem fortes indícios de que efetivamente houve o crime apontado pelo atleta do Internacional:
- Vamos ver se o Instituto-Geral de Perícias nos dá uma clareza maior acerca da leitura labial. Mas igual, indícios da autoria e do crime a gente já tem, porque ficou quase inequívoco (a injúria). Vamos tentar ter mais uma certeza. Até porque o Edenilson não iria inventar um fato grave como esse - disse a titular da 2ª Delegacia de Polícia Civil, que complementou:
- Embora o Edenilson não tenha parado o jogo, esboçado uma reação imediata, porque segundo ele foi pego de surpresa e ficou sem reação, ele procurou o árbitro e pediu providências. Em princípio, nós vamos seguir com a linha de indiciamento.
Ao fim do jogo, Edenílson registrou boletim de ocorrência. Rafael Ramos chegou, inclusive, a ficar detido na cidade de Porto Alegre, mas foi liberado mediante o pagamento de fiança estipulada em R$ 10 mil.
Por meio de uma rede social, Edenilson se pronunciou sobre o caso. Ele garante que foi chamado de macaco pelo lateral do Timão e explicou a reação que teve em campo.
- Boa noite, pessoal, passando aqui apenas para me pronunciar. Eu sei o que ouvi, realmente eu não reagi provavelmente da forma que deveria pois foi a primeira vez que isso aconteceu comigo e me incomoda o fato de ficar chamando atenção de outra forma que não seja jogando futebol - disse o volante do Internacional no comunicado.
Depois de finalizado o confronto entre as equipes no Beira-Rio, com as delegações já nos vestiários, o jogador colorado chegou a conversar com o acusado de ter praticado o ato de racismo. Porém, Edenilson conta que decidiu avançar com os trâmites relacionados a lavratura do B.O após o papo por não ter recebido um pedido de desculpas pelo ato.
- Eu procurei o atleta para que ele assumisse e me pedisse desculpas, afinal todos erramos e temos direito de admitir, no meu modo de ver as coisas. Mas o mesmo continuou a dizer que eu havia entendido errado. Eu não entendi errado, o procurei pelo respeito que tenho por alguns integrantes do Corinthians e para que ele pudesse ter uma chance de se redimir - concluiu Edenilson.
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