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A onda de dinheiro: entenda como a indústria do surfe movimenta R$ 20 bilhões ao redor do planeta

Relatório da Sports Value explica negócios do surfe e aponta Brasil como epicentro da modalidade

filipe toledo wsl

WSL é a principal liga de surfe do mundo (Foto: Brent Bielmann/WSL)

Lance! - 06/03/2023 - 16:07

Lance! - 06/03/2023 - 16:07

O surfe se transformou em um negócio global e valioso. Um estudo da Sports Value, empresa especializada em marketing esportivo, analisou a força da indústria e apontou o Brasil como epicentro da modalidade. Abaixo, o L!Biz apresenta mais detalhes sobre o cenário atual do negócio do surfe.

De acordo com a Global Industry Analyst, o mercado global de surfe movimentou um valor estimado em US$ 4,1 bilhões (quase de R$ 21 bilhões) em 2022. O montante inclui em vendas de produtos e equipamentos e poderia ser maior se integrasse a moda e o lifestyle do surfe, vendida fora do varejo especializado. 

A Sports Value aponta que o Brasil representa mais de 30% da movimentação global do surfe, com cerca de R$ 7 bilhões gastos com roupas, pranchas e acessórios. Como comparação, o mercado do futebol no país representa menos de 2% dos US$ 500 bilhões movimentados globalmente.

Apesar do momento de incerteza na economia global, a expectativa é que o mercado global de surfe alcance a marca de US$ 5,5 bilhões (R$ 28,5 bilhões) até o fim da década. Caso a previsão da Global Industry Analyst se confirme, a valorização seria de 4% no período entre 2022 e 2030.

Interesse global e crescente

De acordo com dados enviados ao COI pela International Surfing Association (ISA) para reconhecer o surfe como modalidade olímpica, há mais de 23 milhões de praticantes desse esporte ao redor do mundo. Brasil, Estados Unidos e Austrália lideram o ranking de países com mais surfistas.

Filipe Toledo Campeão do Rip Curl WSL Finals

Filipe Toledo é o atual campeão da WSL (Foto: Thiago Diz/WSL)

O número é pequeno se comparado a outros esportes, mas o surfe tem um ponto positivo: há muitos interessados na modalidade que não são surfistas. São pessoas que acompanham e consomem o esporte, mas não praticam de fato. Muitos patrocinadores investem no esporte justamente para atingir este público.

O interesse é tão grande que a WSL, principal circuito do surfe mundial, atraiu o interesse da Apple TV para a produção de um documentário sobre os bastidores das competições. A série "Make or Break" mostra o impacto global da modalidade e pretende ampliar ainda mais o alcance do surfe - o que ocorreu, por exemplo, com a Fórmula 1 após a série "Drive to Survive".

Os números de fãs no Brasil impressionam. De acordo com dados do Ibope Repucom em 2013, cerca de 23% dos brasileiros gostavam do surfe. Em 2022, este índice chegou a 41%. São, ao menos, 45 milhões de pessoas acima de 18 anos, que estão conectados à internet e consomem o esporte.

Patrocinadores de diferentes setores 

O crescimento da WSL na última década se deu com o apoio de marcas endêmicas, ou seja, aquelas que estão em seu ambiente natural. Rip Curl, Queeksilver e Billabong são os principais exemplos.

Mas os acordos de patrocínio e ativações comerciais ultrapassaram barreiras. Empresas de diferentes setores viram no surfe uma oportunidade de se aproximar do público jovem e do lifestyle da modalidade, que envolve natureza, saúde e lazer. Atualmente, a WSL conta com patrocínio de marcas como Apple, Corona, SHISEIDO e Havaianas.

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