Atores de Hollywood repetem futebol e investem R$ 1 bilhão na Fórmula 1. Mas por que tanta grana?
Ryan Reynolds e Rob McElhenney se unem a grupo de investimentos e compram 24% das ações da Alpine
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Os atores Ryan Reynolds e Rob McElhenney se uniram ao grupo de investimentos que comprou cerca de 24% das ações da montadora Alpine, da Fórmula 1.
Destaques:
> Transação envolve 200 milhões de euros, o que corresponde a mais de R$ 1 bilhão na cotação atual;
> Alpine aumenta o valor de mercado com essa aquisição, passando a valer 900 milhões de euros (R$ 4,6 bilhões);
> Atores de Hollywood também são donos do Wrexham, time de futebol da quarta divisão da Inglaterra.
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Além de Reynolds e McElhenney, o renomado ator Michael B. Jordan também faz parte do grupo de investidores que adquiriu uma parte da Alpine. Equipe é a quinta colocada no campeonato de construtores da Fórmula 1 e é representada pelos pilotos franceses Esteban Ocon e Pierre Gasly.
- Essa associação é um passo importante para aprimorar nosso desempenho em todos os níveis. A receita incremental gerada será reinvestida na equipe, a fim de acelerar ainda mais nosso plano com o objetivo de alcançar as equipes de ponta em termos de instalações e equipamentos de última geração - explicou Laurent Rossi, presidente da Alpine.
Análise dos especialistas:
- A medida que entidades esportivas das diversas modalidades se organizam de maneira a atrair investidores externos garantindo segurança, compliance e outros requisitos de investimentos de empresas tradicionais, pessoas públicas com fama internacional também se interessam em fazer parte e além do dinheiro, trazem consigo a oportunidade de ampliar o valuation de tal investida através de sua capacidade de projeção e promoção - afirma Ivan Martinho, professor de marketing esportivo pela ESPM.
- A profunda reformulação por que passou a F1 desde a entrada dos americanos em seu comando gerou um grande valor agregado a todos os envolvidos na competição, sobretudo às equipes, fazendo com que sua atratividade ao investidor aumentasse substancialmente. Tudo isso ocorre dentro de um contexto onde o mercado americano passou a ser o grande comprador de ativos no esporte, independente da modalidade. Por isso, é natural que vejamos mais aquisições deste tipo, pois existem recursos disponíveis, em grande escala, para tais operações - explica o advogado especializado em direito desportivo Eduardo Carlezzo, sócio do Carlezzo Advogados.
- O que aconteceu no Wrexham é um retrato das possibilidades que um bom storytelling é capaz de gerar. Os dois ajudaram a construir essa camada digital e de conteúdo no Time e os resultados em campo ajudaram, até porque novas receitas surgiram, houve mais investimento e foi criado um circulo virtuoso. Agora, chegam numa F1 encaixada no binômio "conteúdo-storytelling", que acabou por ampliar e rejuvenescer a audiência. A série documental "Drive to Survive" é uma ponta visível desse iceberg de mudanças, capaz de atrair investidores como eles, aderentes a esse novo modelo e claramente motivados para ampliarem seu portfolio de negócios. Todos saem ganhando. Alpine, F1 e a nova "dupla dinâmica" dos esportes - aponta Armênio Neto, especialista em negócios do esporte e sócio-fundador da Let's Goal.
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