Balanço financeiro: Chelsea anuncia prejuízo de R$ 700 milhões e cita Abramovich para justificar
Clube afirma que o impacto do congelamento de ativos do ex-proprietário e da venda forçada continuará sendo sentido 'nos próximos anos'<br>
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O Chelsea divulgou, nesta segunda-feira, o balanço financeiro referente à temporada 2021/22. O clube inglês registrou um aumento nas receitas, mas terminou o ano no vermelho. O prejuízo líquido registrado foi de 121,3 milhões de libras (cerca de R$ 770 milhões na cotação atual).
A administração atribui esse resultado negativo às sanções impostas ao ex-proprietário Roman Abramovich. O oligarca foi sancionado pelas autoridades britânicas em março de 2022, quando o Reino Unido tentou congelar os bens de indivíduos que acreditava terem conexões com o presidente russo, Vladimir Putin, após a invasão do país à Ucrânia.
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Até a aquisição pelo consórcio liderado por Todd Boehly, O Chelsea foi colocado sob uma licença especial, restringindo sua capacidade de vender ingressos e até assinar contratos com jogadores e patrocinadores, por exemplo. Essas limitações resultaram em despesas extraordinárias e perda de receita.
De acordo com o relatório, o impacto das sanções nos resultados financeiros do Chelsea também será sentido "nos próximos anos". Vale destacar que o clube inglês acumula perdas de 251 milhões de libras nas três temporadas impactadas pela pandemia da Covid-19, de 2019 a 2022.
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Aumento de 11% no faturamento
Apesar das restrições, o faturamento do Chelsea aumentou 11% em relação ao ano anterior, alcançando 481,3 milhões de libras. A maior parte da receita (177,1 milhões de libras) foi proveniente dos acordos comerciais, que incluem patrocínio e licenciamento. A receita de transmissão, por outro lado, diminuiu em relação a 2020/21 devido à queda na premiação da Champions League e ao impacto indireto da pandemia de Covid-19.
O clube investiu 118 milhões de libras no elenco durante o ano fiscal de 2021/22, incluindo renegociações de contratos de jogadores existentes. Além disso, o clube faturou 123,2 milhões de libras com a negociação de jogadores, incluindo as vendas de Abraham para a Roma, Guehi para o Crystal Palace, Tomori para o Milan e Zouma para o West Ham.
Os resultados financeiros não incluem as aquisições de jogadores do Chelsea nas últimas duas janelas de transferências, nas quais o clube investiu cerca de 600 milhões de libras. Apesar do prejuízo no ano e dos desafios operacionais devido às sanções, o Chelsea garante estar cumprindo os regulamentos financeiros da Uefa e da Premier League.
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