Exclusivo L!: quais são as expectativas financeiras dos dirigentes brasileiros para 2023
Pesquisa da Pluri Consultoria, com exclusividade para o L!, revela impressões de dirigentes de 21 clubes das três principais divisões nacionais<br>
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O LANCE!Biz dá sequência, nesta terça-feira, à publicação da pesquisa exclusiva sobre o que pensam os dirigentes do futebol brasileiro. Desenvolvida pela Pluri Consultoria, a Pesquisa de Expectativas dos Dirigentes Brasileiros (PEDB) entrevistou, por amostragem e com garantia de anonimato, representantes das três principais divisões do país entre 9 e 21 de janeiro. A última parte, sobre as expectativas esportivas para 2023, você pode ler neste link.
A pesquisa mostra o pensamento médio dos homens e mulheres que comandam o futebol do país. São pessoas que administram clubes que representam mais de 90% da torcida brasileira. O LANCE! publicará o estudo em cinco capítulos para facilitar a compreensão dos torcedores.
Nesta quarta parte, foram analisadas as expectativas financeiras dos dirigentes do futebol brasileiro para a temporada de 2023. As receitas e as despesas serão maiores em relação ao último ano? Haverá mais investimentos em contratações e salários? Confira mais detalhes abaixo.
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Receitas dos clubes devem crescer em 2023
Há um cenário de otimismo entre os dirigentes brasileiros em relação às receitas na temporada 2023. Mais da metade (57%) dos entrevistados acredita que o faturamento dos clubes que representam vão aumentar em comparação com a última temporada. O crescimento reforça a tendência de aumento das receitas nos próximos anos, principalmente levando em consideração fatores como dinheiro injetado pelas SAFs e organização da liga de clubes.
Em contrapartida, 24% dos dirigentes entrevistados creem que as receitas dos seus respectivos clubes serão menores em relação a 2022. A queda pode ser explicado pela não participação em competições internacionais ou pelo rebaixamento para divisões inferiores do Campeonato Brasileiro. Os 19% restantes acreditam em um cenário de estabilidade no faturamento.
Vale destacar que os clubes brasileiros têm quatro fontes de receitas recorrentes: (1) venda de direitos de transmissão, (2) acordos comerciais (marketing, patrocínio e licenciamento), (3) MatchDay (sócio-torcedor e bilheteria) e (4) premiações por desempenho esportivo. Uma outra forma de arrecadação comum no futebol brasileiro é a venda de atletas.
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Despesas também devem sofrer aumento
De acordo com a maioria dos dirigentes entrevistados, o crescimentos das receitas será acompanhado de um aumento nas despesas. Ao todo, 43% dos profissionais acreditam que os custos na temporada 2023 serão maiores em relação a 2022. O aumento nas despesas pode ser explicado por uma tentativa de melhores resultados dentro de campo.
Por outro lado, 24% dos entrevistados acreditam que os custos serão menores em comparação à temporada anterior. Clubes que foram rebaixados, por exemplo, terão que reduzir o grau de investimento para equilibrar as contas. Os 33% restantes acreditam em um cenário de estabilidade nas despesas
As despesas recorrentes dos clubes brasileiros incluem: folha de pagamento de elenco e comissão técnica, pagamento de dívidas, compra de direitos de atletas, gastos em outras modalidades, custos operacionais, entre outros.
Investimentos maiores com folha de pagamento
Uma das principais despesas dos clubes brasileiros em 2023 será com a folha de pagamento do elenco profissional. Ao todo, 71% dos dirigentes entrevistados acreditam que os salários dos jogadores sofrerão alta nesta temporada, em comparação com o ano passado. Por "salário", entende-se a soma do valor na carteira de trabalho, direitos de imagem, benefícios, entre outras formas de pagamento.
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